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Sinpol cobra providências da Sejusp e da DGPC para retirar os presos das delegacias

Na manhã de hoje, 24, o presidente Alexandre Barbosa e o diretor Jurídico Giancarlo Miranda do Sinpol-MS estiveram em reuniões com o Secretário de Justiça e de Segurança Pública Wantuir Jacini e com o Delegado-Geral da Polícia Civil Jorge Razanauskas, reivindicando ações efetivas do estado no intuito da retirada dos presos das delegacias.

Na Sejusp, Barbosa e Giancarlo conversaram com Jacini e expuseram que a luta pela retirada dos presos das delegacias ocorre desde a posse da atual gestão sindical, em 2009, entretanto somente se discutiu projetos a longo prazo e não há ações efetivas para resolver a situação.

Jacini argumentou que há o projeto aprovado no Ministério da Justiça que contempla a construção de cadeias públicas em Campo Grande, assim como existem projetos em fase de aprovação que garantiriam o incremento de cadeias públicas na região de fronteira.

Citando o ocorrido em Ponta Porã no início dessa semana, ocasião em que 11 presos foram resgatados por indivíduos armados que invadiram a 1ª DP e renderam duas policiais civis plantonistas, Barbosa disse que não se pode esperar o pior, “isto é, que venha ocorrer a morte de um policial ou que a população seja atingida com esses crimes”.

Os diretores enfatizaram que o momento pede ações urgentes para que casos como o de Ponta Porã não venham a se repetir, “até porque os policiais civis fazem essa exigência para que possam desenvolver sua função com competência, ou seja, buscando esclarecer os crimes que ocorrem em nosso estado”, afirmou Giancarlo.

Giancarlo fez o alerta que mais de 40 cidades do Estado possuem delegacias que abrigam presos, e que em muitas delas há apenas um policial plantonista, que deve atender o público, registrar ocorrências e custodiar os presos, deixando, por vezes, de atender a um chamado por não poder deixar a delegacia sozinha.

“Não é demais lembrar que a custódia de presos não é função da polícia civil, ainda mais que com déficit de efetivo e de estrutura para trabalho, os policiais ficam prejudicados no desempenho de seu serviço habitual”, lembrou Barbosa.

Na Delegacia-Geral, os diretores sindicais se reuniram com o Delegado-Geral Jorge Razanauskas, oportunidade em que reiteraram a situação das delegacias no Estado e acrescentaram que a mensagem que transmitem é apenas “a sensação da categoria, a qual clama por providências”.

Razanaukas disse que, de imediato, é possível a melhoria na segurança das delegacias que custodiam presos e que pleiteará para que os presídios recebam mais presos que estão sob a guarda da polícia civil.

"Deixar a Polícia Civil em segundo plano é algo que vem sendo comum a todos os governos nas últimas décadas. Conscientizar e buscar a legalidade no desempenho de nossas atribuições é o que devemos fazer. Temos que extirpar esse câncer da polícia civil, que é a custódia de presos, afinal delegacia não é presídio”, finalizou Barbosa. 

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