Sinpol/MS

Preocupados com a situação das delegacias que estão cada vez mais lotadas de presos, em Campo Grande, a diretoria do Sinpol/MS solicitou uma audiência em caráter de urgência com as autoridades competentes para resolver o impasse entre agentes penitenciários e o Governo do Estado.

A diretoria deve se reunir com o Secretário de Segurança e Justiça, Wantuir Jacini, na próxima segunda-feira, dia 12, para cobrar providências, visto que a quantidade de presos em apenas quatro delegacias da capital, já supera o limite de capacidade.

Segundo o presidente do sindicato, Alexandre Barbosa da Silva, a situação está insustentável. “As delegacias do Estado já operam com superlotação, embora a lei determine que lugar de presos é em presídios, e não em delegacias. Com a recusa dos agentes penitenciários em receber os detentos, a situação tem se agravado”, afirmou.

Um levantamento realizado ontem (07), pelo sindicato apontou um aumento significativo de presos nas quatro delegacias que possuem celas em Campo Grande:

Delegacia Especializada em Roubos e Furtos (DERF) – Subiu de 24, na terça-feira, para 41;

4ª Delegacia, nas Moreninhas – Saltou de 35 para 40 detentos;

Depac Centro – Houve redução. De 14 anteontem, caiu 4;

Depac Piratininga - Houve queda de 16 para 9.

A soma dos presos nas quatro unidades policiais excede em 54, o limite máximo de detentos permitidos em Campo Grande.

Barbosa acredita que o secretário tomará alguma providência, caso contrário, uma assembleia geral poderá ser convocada para decidir se os policiais civis do estado deixam ou não de receber novos presos nas delegacias. “Vamos aguardar até segunda-feira para que o governo estadual tome providências cabíveis em relação aos presos, caso contrário, faremos o que for preciso para proteger os policiais civis”, declarou o presidente.