Os vereadores de Campo Grande aprovaram, em primeira votação, o projeto que permite aos guardas municipais trabalhar portando armas de fogo. O tema ainda será apreciado uma segunda vez na Câmara, mas como foi aprovada por unanimidade nesta terça-feira (7), os guardas já falam na realização de cursos e capacitação.

O projeto altera o artigo 8 da Lei Orgânica de Campo Grande, e permite que os guardas municipais possam trabalhar armados durante o desempenho de suas funções. Ele ainda passará por uma nova votação na Casa de Leis municipal, ainda sem data marcada, e caso seja novamente aprovado, passa pela sanção do prefeito Alcides Bernal (PP).

Nesta terça, 27 dos 29 vereadores aprovaram o projeto; somente Paulo Siufi (PMDB) e o presidente da Casa, Mário Cesar (PMDB) não votaram. O primeiro estava ausente da sessão, e o presidente só vota em caso de empates.

“Não sei dizer quanto tempo vai demorar para que a medida realmente seja posta em prática. Mas a partir de agora temos que começar a pensar no processo de treinamento e capacitação dos servidores”, afirmou Hudson Pereira Bonfim, presidente do Sindicato dos Guardas Municipais de Campo Grande.

Ainda segundo Bonfim, todos os 1,4 mil guardas municipais necessitarão de treinamento, o que pode obrigar a prefeitura a realizar convênio com a Polícia Federal e empresas especializadas.

O projeto é de autor do vereador Alceu Bueno (PSL), que destacou nesta terça que “todos os vereadores abraçaram a causa”.

Na hora do voto, muitos parlamentares destacaram que lembraram da família para aprovar o projeto, e outros chegaram a indicar que vão tentar doações de armas com a Polícia Militar, que deve adquirir novos equipamentos ainda neste ano.