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Policiais civis participam da Caminhada pela justiça

Midiamax

Policiais civis da capital marcaram presença na Caminhada pela Justiça que atraiu cerca de 800 pessoas ontem (25), em Campo Grande. Com faixas e cartazes, os manifestantes pediam o não fechamento das comarcas de Angélica, Dois Irmãos do Buriti, Deodápolis, Anastácio, Batayporã, Rio Negro e Itaporã, anunciadas pelo TJ-MS.


A passeata saiu de frente à Ordem dos Advogados do Brasil e seguiu até o Tribunal de Justiça, no Parque dos Poderes, onde o presidente da OAB entregou uma carta com outras reivindicações ao presidente do TJ/MS, Joenildo de Souza Chaves.


Os manifestantes pediram também, mais agilidade por parte da Justiça, transparência nas contas públicas, combate à corrupção, fim da impunidade, e maior combate ao tráfico de influência.


O presidente do SINPOL/MS, Alexandre Barbosa e o diretor jurídico, Giancarlo Miranda, protestavam contra a parcialidade da justiça ao conceder liminares. “Queremos que a justiça seja imparcial. Esperamos anos para uma ação ser julgada, enquanto ações movidas pelo Estado bastam alguns minutos”, desabafou o presidente.


A greve dos policiais civis, iniciada no dia 17 de maio deste ano, foi considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça, após duas horas do início. A ação foi movida pelo Estado.

 

 

 

  

 

 

Confira a íntegra da carta

 

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR JOENILDO DE SOUSA CHAVES, MD. PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL

 

Senhor Presidente,

 

As entidades organizadas que assinam o presente documento, em sintonia com as recentes manifestações das ruas e, diante da verdadeira revolução na consciência e cultura política no Brasil, tornam pública a pauta de reivindicações da “CAMINHADA PELA JUSTIÇA”, nos seguintes termos:

 

1) Morosidade da Justiça: As medidas tomadas pelo Tribunal de Justiça, como a desativação e fechamento das comarcas no interior do Estado, a redução do expediente do judiciário estadual e as constantes falhas do processo judicial eletrônico geram a morosidade na tramitação e solução definitiva dos processos judiciais em nosso Estado. Portanto, a revogação da decisão de desativar comarcas, o retorno do expediente para período integral bem como a solução imediata dos problemas do processo eletrônico são medidas que se fazem urgentes e necessárias para uma justiça moderna, rápida e eficaz;

 

2) Transparência das contas públicas: O atual estágio da democracia brasileira exige que todos os valores relativos à administração pública, incluindo salários, benefícios e vantagens percebidos pelos membros e servidores do Poder Judiciário, assim como as despesas da administração, sejam divulgados detalhadamente. Dessa forma, a Lei da Transparência e a Lei do Acesso à Informação devem ser fielmente observadas e cumpridas pelo TJ/MS, para que haja o necessário controle social das contas públicas;

 

3) Corrupção: Diante da existência de denúncias envolvendo casos de corrupção nos Poderes do Estado de Mato Grosso do Sul, como o propalado episódio do “Mensalão do MS”, imprescindível que se proceda à apuração e julgamento célere de tais denúncias, a fim de evitar o descrédito das Instituições;

 

4) Impunidade: O Estado de Mato Grosso do Sul contabiliza 09 casos de jornalistas executados nos últimos 16 anos, com crimes não solucionados até a presente data, o que aflige e fragiliza a população de nosso Estado. Mostra-se, pois, necessário que os casos envolvendo pistolagem no Estado de Mato Grosso do Sul tenham tramitação e julgamento prioritários.

 

5) Tráfico de influência: A exploração de prestígio e o tráfico de influência são deletérios ao ideal de Justiça. Portanto, impõem-se ações efetivas por parte da Corregedoria do Tribunal no sentido de enfrentar e coibir o tráfico de influência em todos os âmbitos da Justiça.

 

As instituições signatárias do presente manifesto conclamam este Egrégio Tribunal de Justiça a adotar as medidas necessárias para solução dos problemas ora apontados, notadamente retomando o expediente integral da Justiça Estadual, mantendo o funcionamento das Comarcas que se pretende desativar, democratizando a gestão do Judiciário através da participação direta da sociedade civil na administração da Justiça, apurando e julgando exemplarmente os casos de corrupção e pistolagem, bem como combatendo o tráfico de influência e a exploração de prestígio em nosso Estado.

 

 

Campo Grande, MS, 25 de julho de 2013.

 

 

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL

 

 

 

Com informações Midiamax

 



Fonte:Sinpol/MS


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