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Polícia investiga existência de rede de receptação de motos atuando em Corumbá

 A Polícia Civil de Corumbá, cidade a 444 quilômetros de campo Grande, trabalha com a possibilidade de existir uma rede de receptação atuando no município. Essa rede seria a responsável por receber peças de veículos furtados e roubados - especialmente motocicletas. Pelo menos oito motos foram furtadas ou roubadas entre os dias 1º e 08 de setembro, segundo dados do Sistema de Segurança Integrada de Gestão Operacional (SIGO).


"Há um trabalho para ver se há uma possível receptação em território brasileiro. Saber que na Bolívia há um mercado comprador de veículos, não é novidade para ninguém. O que interessa agora é mapear para ver se há receptadores em território nacional, especialmente de peças dessas motos", disse a este Diário o delegado titular do 1º Distrito de Polícia Civil de Corumbá, Gustavo Bueno de Oliveira Vieira.

 

Segundo o delegado, os agentes do 1º DP estão mapeando áreas para identificar a existência desses receptadores. "Só rouba porque tem para quem vender, essa é a tese. Rouba para transformar em dinheiro ou algo produtivo para o crime", afirmou o delegado. "São grupos fracionados agindo e tem participação de menores de idade, o que também dificulta um pouco o trabalho", completou o titular do 1º Distrito Policial sem dar mais detalhes do serviço de investigação.

 

Embora os policiais civis levantem a existência dessa rede de receptação atuando dentro de Corumbá, o delegado Gustavo Bueno diz que os autores de furtos e roubos de motos ainda vêem na Bolívia um destino importante. "Basicamente atravessam a fronteira, há indicativos que estariam sendo desmontadas em Corumbá, mas nitidamente não temos materialidade sobre isso. O que temos de materialidade é que sempre esses veículos estão atravessando para a Bolívia, onde são trocadas por drogas ou dinheiro mesmo, dependendo de quem for o comprador do outro lado. É um ciclo criminoso, a moto serve de moeda de troca que vai ser reintroduzida no Brasil ou através de droga ou dinheiro ilícito", argumentou.
 



Fonte:Midiamax News


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