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Polícia Civil de Tocantins entra em GREVE por tempo indeterminado

Sinpol/TO
Polícia Civil de TO entra em greve

 Em assembleia geral realizada na tarde desta quarta-feira, 28, os policiais civis do Tocantins deliberaram pela paralisação, por tempo indeterminado. A assembleia geral aconteceu na sede do Sindicato dos Policiais Civis do Estado (SINPOL), em Palmas, e reuniu aproximadamente 500 policiais da capital e do interior.


A categoria decidiu deflagrar greve imediatamente. Porém, as ações do movimento grevista só terão início de fato a partir da próxima segunda-feira, 2, em cumprimento à legislação em vigor, que determina prazo de 72 horas, após a decisão em assembleia.


Ainda nesta quarta-feira, o Sinpol notificou o governador Siqueira Campos; as secretarias de Estado da Administração; Segurança Pública; e Defesa Social; além do Tribunal de Justiça e o Ministério Público Estadual; e Defensoria Pública, na manhã desta quinta feira, 29.


Os policiais civis não aceitaram a proposta do governo segundo a qual a categoria teria que abrir mão do direito retroativo em relação às progressões funcionais (horizontais e verticais). Caso aceitassem a proposta do governo, alguns policiais perderiam até dois anos desse direito.


Outro ponto divergente em relação à proposta apresentada pelo governo, diz respeito ao Projeto de Lei (de iniciativa do Executivo) que extingue e aproveita os Agentes Penitenciários (Agepens) nas funções típicas da Polícia Judiciária. Esses servidores temem ser colocados em disponibilidade – enquanto não são aproveitados – gerando notória insegurança jurídica para a categoria.


Para os policiais, o governo também precisa se posicionar sobre uma das principais reivindicações da categoria: a melhoria das condições de trabalho, já que as unidades policiais, sobretudo do interior, estão completamente sucateadas e sem condições de trabalho.


Movimentação

Após decidirem pela paralisação, parte dos policiais realizou um ato público que incluiu distribuição de folders explicando os motivos da greve e uma caminhada da Avenida JK (em frente ao Banco do Brasil) até a Assembleia Legislativa.


Indicativo

Antes da assembleia geral desta quarta-feira, os policiais civis haviam se reunido no último dia 14, data em que optaram por trabalhar sob indicativo de greve. Para o Sinpol, o governo teve tempo mais que suficiente, para apresentar propostas à categoria, mas só o fez na manhã desta quarta-feira – uma hora antes da assembleia.



"Se houvesse a discussão com tempo, não estaríamos nessa situação. Mas a Secretaria da Segurança preferiu se omitir, seja nas condições de trabalho, seja na efetivação das progressões e solução da situação dos Agepens, empurrando a responsabilidade para outra pasta, fazendo a categoria se manifestar dessa maneira. Mas vamos acreditar no discurso do Governo, no respeito aos direitos dos servidores e na busca de melhorias para a sociedade", enfatiza a presidente do SINPOL, Nadir Nunes.



Nacional

A assembleia dos policiais civis no tocantins contou também com a presença do presidente da FEIPOL - Federação Interestadual dos Policiais Civis das Regiões Norte e Centro-Oeste, Divinato da Consolação, e do presidente do SINPOL/DF, Ciro de Freitas, que se solidarizaram com o movimento tocantinense.


Fonte:Sinpol/TO


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