Pedro Kemp publica nota de esclarecimento
Deputado estadual, Pedro Kemp publica Nota de Esclarecimento sobre o caso do PM que matou dois homens em tentativa de assalto em Campo Grande.
Confira a íntegra da nota de esclarecimento
Ao constatar que minhas declarações quanto ao ocorrido no último dia 11 de setembro, quando dois homens foram mortos durante uma tentativa de assalto no interior de uma casa lotérica, no Bairro Parati, região sul de Campo Grande, têm sido mal interpretadas e utilizadas no intuito de criticar o que, de fato, eu não quis afirmar, considero necessário manifestar-me no intuito de restabelecer a verdade.
De início, quero reafirmar o que disse aos profissionais da imprensa que me questionaram sobre o assunto que, em absoluto, eu poderia opinar naquele momento sobre o fato específico da casa lotérica por não possuir informações suficientes para fazer uma correta avaliação da situação. Procurei deixar claro que não poderia emitir um parecer sem o conhecimento necessário sobre as circunstâncias em que o fato se deu, uma vez que, sequer tinha lido as matérias veiculadas tratando do ocorrido. Não fiz nenhum julgamento sobre a atuação do policial presente no momento do assalto. Entendo que cabe às instâncias da Secretaria de Justiça e Segurança Pública a correta apuração do ocorrido.
Minha declaração, portanto, referiu-se àquilo que considero deva ser regra geral na atuação dos agentes da segurança pública em situações semelhantes como a referida, em conformidade, inclusive, com o que reza a legislação brasileira sobre a matéria. Na medida do possível, devem-se preservar as vidas, mas é perfeitamente compreensível e correto agir em legítima defesa e na defesa dos semelhantes.
As deturpações sobre o que falei ficam por conta de quem as afirma. Não julguei a ação do sargento da PM e tão pouco defendi o comportamento de quem assalta a mão armada. O que me preocupa é que, em meio a críticas ferozes e agressivas, muitos deixam de buscar compreender as causas do complexo fenômeno da crescente violência, que hoje deixa toda uma sociedade alarmada e com forte sentimento de insegurança. E, o que é pior, muitos sequer comentam sobre a falta de uma política de segurança pública na perspectiva da cidadania, que para além de soluções repressivas, procura alternativas de prevenção à marginalidade e ao crime.
Penso que a intenção de alguns ao comentar o ocorrido é desviar o foco do debate sobre a segurança pública em nosso Estado. Por que não enfrentar a discussão sobre a valorização dos policiais, que se mobilizam por uma política salarial que lhes garanta remuneração decente e compatível com a atividade de risco constante? Quem não sabe que muitos são obrigados a fazer ‘bicos’ nas horas vagas para complementar seus parcos vencimentos? E as condições de trabalho, as viaturas ‘baixadas’, em péssimo estado de conservação, a falta de combustível que impede o atendimento às ocorrências? E as delegacias superlotadas, o desvio de função dos policiais civis obrigados a tutelar presos? Quem já se esqueceu do incêndio de grandes proporções no centro de Campo Grande e as precárias condições dos veículos do Corpo de Bombeiros Militar para atuar no caso? A verdade é que a sociedade ainda tem alguma proteção do Estado graças à atuação comprometida dos valorosos e combativos servidores da segurança pública. Mas, insisto, que política governamental existe para a prevenção, para impedir, inclusive, que alunos se esfaqueiem na portas das escolas?
Tenho procurado cumprir com minhas obrigações na Assembleia nesta área. Tenho defendido que as portas daquela Casa estejam sempre abertas para as reivindicações dos servidores. Na última campanha salarial dos policiais, lutei para que as negociações com o governo fossem reabertas e para que não houvesse retaliação aos que partiram para a greve e aquartelamento. Apresentei Projeto de Emenda Constitucional determinando que o governo dê toda a assistência aos policiais feridos em decorrência da atividade policial, uma vez que hoje não recebem nenhum apoio governamental e são obrigados a custear tratamentos médicos do próprio bolso.
Tenho denunciado e cobrado melhores condições de trabalho, viaturas, combustível, reformas nas delegacias de polícia e pelotões da PM... Estarei sempre à disposição da sociedade para debater segurança pública e valorização dos policiais. Já mantive contato com representantes das categorias dos servidores e estou pronto para maiores esclarecimentos.
Campo Grande, 16 de setembro de 2013.
Deputado Estadual Pedro Kemp
Confira a íntegra da nota de esclarecimento
Ao constatar que minhas declarações quanto ao ocorrido no último dia 11 de setembro, quando dois homens foram mortos durante uma tentativa de assalto no interior de uma casa lotérica, no Bairro Parati, região sul de Campo Grande, têm sido mal interpretadas e utilizadas no intuito de criticar o que, de fato, eu não quis afirmar, considero necessário manifestar-me no intuito de restabelecer a verdade.
De início, quero reafirmar o que disse aos profissionais da imprensa que me questionaram sobre o assunto que, em absoluto, eu poderia opinar naquele momento sobre o fato específico da casa lotérica por não possuir informações suficientes para fazer uma correta avaliação da situação. Procurei deixar claro que não poderia emitir um parecer sem o conhecimento necessário sobre as circunstâncias em que o fato se deu, uma vez que, sequer tinha lido as matérias veiculadas tratando do ocorrido. Não fiz nenhum julgamento sobre a atuação do policial presente no momento do assalto. Entendo que cabe às instâncias da Secretaria de Justiça e Segurança Pública a correta apuração do ocorrido.
Minha declaração, portanto, referiu-se àquilo que considero deva ser regra geral na atuação dos agentes da segurança pública em situações semelhantes como a referida, em conformidade, inclusive, com o que reza a legislação brasileira sobre a matéria. Na medida do possível, devem-se preservar as vidas, mas é perfeitamente compreensível e correto agir em legítima defesa e na defesa dos semelhantes.
As deturpações sobre o que falei ficam por conta de quem as afirma. Não julguei a ação do sargento da PM e tão pouco defendi o comportamento de quem assalta a mão armada. O que me preocupa é que, em meio a críticas ferozes e agressivas, muitos deixam de buscar compreender as causas do complexo fenômeno da crescente violência, que hoje deixa toda uma sociedade alarmada e com forte sentimento de insegurança. E, o que é pior, muitos sequer comentam sobre a falta de uma política de segurança pública na perspectiva da cidadania, que para além de soluções repressivas, procura alternativas de prevenção à marginalidade e ao crime.
Penso que a intenção de alguns ao comentar o ocorrido é desviar o foco do debate sobre a segurança pública em nosso Estado. Por que não enfrentar a discussão sobre a valorização dos policiais, que se mobilizam por uma política salarial que lhes garanta remuneração decente e compatível com a atividade de risco constante? Quem não sabe que muitos são obrigados a fazer ‘bicos’ nas horas vagas para complementar seus parcos vencimentos? E as condições de trabalho, as viaturas ‘baixadas’, em péssimo estado de conservação, a falta de combustível que impede o atendimento às ocorrências? E as delegacias superlotadas, o desvio de função dos policiais civis obrigados a tutelar presos? Quem já se esqueceu do incêndio de grandes proporções no centro de Campo Grande e as precárias condições dos veículos do Corpo de Bombeiros Militar para atuar no caso? A verdade é que a sociedade ainda tem alguma proteção do Estado graças à atuação comprometida dos valorosos e combativos servidores da segurança pública. Mas, insisto, que política governamental existe para a prevenção, para impedir, inclusive, que alunos se esfaqueiem na portas das escolas?
Tenho procurado cumprir com minhas obrigações na Assembleia nesta área. Tenho defendido que as portas daquela Casa estejam sempre abertas para as reivindicações dos servidores. Na última campanha salarial dos policiais, lutei para que as negociações com o governo fossem reabertas e para que não houvesse retaliação aos que partiram para a greve e aquartelamento. Apresentei Projeto de Emenda Constitucional determinando que o governo dê toda a assistência aos policiais feridos em decorrência da atividade policial, uma vez que hoje não recebem nenhum apoio governamental e são obrigados a custear tratamentos médicos do próprio bolso.
Tenho denunciado e cobrado melhores condições de trabalho, viaturas, combustível, reformas nas delegacias de polícia e pelotões da PM... Estarei sempre à disposição da sociedade para debater segurança pública e valorização dos policiais. Já mantive contato com representantes das categorias dos servidores e estou pronto para maiores esclarecimentos.
Campo Grande, 16 de setembro de 2013.
Deputado Estadual Pedro Kemp
Fonte:Assessoria
