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Nota do Sinpol-MS sobre o falecimento do Policial Marlon Robin de Melo

Reprodução

Foi com consternação que o Sinpol-MS recebeu a notícia do trágico falecimento do investigador Marlon Robin de Melo e de sua ex-esposa Márcia Alves de Holanda. A tragédia ocorrida na última segunda-feira, 28, é um caso isolado e de maneira alguma pode servir para desmerecer, ou mesmo colocar em cheque o trabalho dos policiais civis do MS, foi uma fatalidade.

Porém, o Sinpol-MS afirma categoricamente que sempre esteve na luta pela valorização do Policial Civil e que a atual situação de trabalho dos mesmos inspira cuidados. Não há, por parte do poder público, qualquer programa de valorização do servidor policial civil. A categoria hoje amarga com uma das piores condições de trabalho entre os servidores públicos estaduais: Falta contingente, as Delegacias de Polícia estão em péssimas condições, falta material de trabalho, faltam viaturas para fazer às diligências, às carceragens estão superlotadas, há desvio de função, uma vez que não é atribuição do policial civil atuar como agente penitenciário, o que vem ocorrendo em quase todas as delegacias do Estado.

A falta de material humano, somada a condições péssimas de trabalho e a alta cobrança por produtividade, fazem com que o policial civil trabalhe com uma alta carga de pressão emocional, o que vem a fazer com que o policial chegue a um verdadeiro estado de estafa mental, ocasionando também depressão e transtornos psiquiátricos. Não é a toa que parte do nosso já escasso contingente está de licença trabalhista, seja por problemas comuns de saúde, seja por acidentes de trabalho e/ou doenças psicossomáticas.

Isto é, o número de policiais, já considerado reduzido pelo sindicato, é agravado pelo afastamento dos policiais para tratamento médico. Tratamento este, que em caso de acidente de trabalho, é onerado no bolso do próprio policial civil: Atualmente 30% do valor dos tratamentos por acidente de trabalho são pagos pelo policial, uma vez que o plano de saúde dos servidores estaduais não cobre o custo total destes. Mesmo com todo o esforço por parte do sindicato, não há resposta favorável do poder público para a melhoria nas condições de trabalho e na valorização do profissional de segurança, tão necessário na sociedade em que vivemos.

Tendo em vista estes e os demais problemas que atingem diretamente a categoria no Mato Grosso do Sul é que afirmamos a necessidade da sociedade cobrar do poder público que estruture suas polícias para que o dever de ‘servir e proteger’ seja efetivo, não apenas um lema. É papel do governo do Estado fazer com que a Polícia Civil sirva a sociedade de maneira rápida e eficaz, o que não ocorre com o acúmulo de funções e as atuais condições laborais. O Sinpol-MS reafirma seu compromisso com a categoria e com a sociedade sul-mato-grossense. Nós, enquanto trabalhadores e trabalhadoras, olhamos com tristeza a situação na qual se encontram nossos colegas e lutamos pelo profissional da segurança pública que tanto serve a sociedade e ao Estado do MS, com doação de sua própria vida, uma vez que nunca há a certeza de voltar para a casa são e salvo para os braços de seus familiares.

Sinpol-MS, Valorizando o Policial Civil. 


Fonte:Sinpol-MS


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