O Ministério Público Estadual (MPE) pediu à Justiça de Mato Grosso do Sul “interdição total” das quatro unidades prisionais do Complexo Penitenciário – Estabelecimento Penal de Segurança Máxima, Instituto Penal e Presídio de Trânsito – e do presídio feminino Irmã Irma Zozi, todos em Campo Grande. O Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária teve acesso a uma cópia do documento solicitando a proibição de funcionamento do complexo e do presídio feminino, assassinado pela promotora Jiskia Sandri Trentin e protocolado no último dia 25 na 1ª Vara de Execução Penal da Capital.

A Justiça ainda não se posicionou sobre o pedido, no qual Jiskia Sandri, da 50ª Promotoria, informa dados sobre superlotação no sistema carcerário estadual em Campo Grande.

O MPE mostra números da situação caótica. Na Segurança Máxima há 2.008 pessoas cumprindo pena. A capacidade é de apenas 642. No Instituto Penal há 1193 presos, enquanto só comportaria 268. No Presídio de Trânsito há 505 presos, mas a capacidade é de 176. No presídio feminino 400 mulheres cumprem penas, mas o número máximo deveria ser 231.