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Teste de flexão para mulheres em concurso da Polícia Civil é proibido pela Justiça

 A Justiça proibiu teste de flexão para mulheres em concurso da Polícia Civil para peritas, escrivãs e investigadoras. Ao se depararam com a informação de que haveria teste de flexão, em etapa de avaliação física do concurso, diversas inscritas no concurso ficaram indignadas e procuraram a Defensoria Pública, que entrou com ação pedindo a proibição do teste de flexão.

De acordo com a assessoria do defensor público Guilherme Cambraia, o órgão analisou a situação e constatou a não necessidade da realização do teste de flexão, entrando com ação civil na Justiça.

Além da questão biológica e de parecer de profissional de educação física citados na ação civil, a Defensoria mostrou que outros concursos não pediram o teste de flexão, entre eles concurso cujas atribuições de cargo impõem maior vigor físico da candidata, como para formação de soldado, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.

Trecho da ação civil declara que “A inovação do critério para o cargo visado, a toda evidência, tem por escopo unicamente dificultar o acesso das mulheres aos quadros da Polícia Civil. A exigência do teste de barra fixa na modalidade dinâmica para as candidatas, além de violar princípios constitucionais da isonomia, proporcionalidade e razoabilidade, mostra-se incompatível com as atribuições do cargo pretendido e, por essa razão, não pode ser adotada como critério de eliminação do certame”.

A ação coletiva ajuizada pedia por fim a “realização do teste de barra fixa na modalidade dinâmica (flexão e extensão de membros superiores) pelas candidatas do sexo feminino aprovadas nas fases anteriores do certame”.

Barrado

A 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos acatou o pedido da Defensoria Pública e proibiu o teste no dia 19 de fevereiro. O governo do Estado, responsável pelos concursos da Polícia Civil tinha até esta semana para recorrer, segundo a assessoria de Cambraia, e como não recorreu, o teste foi dado hoje como oficialmente proibido.

A reportagem não conseguiu entrar em contato com a assessoria da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul.


Fonte:MidiaMax


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