Com base no laudo pericial feito pela Vigilância Sanitária, o Sindicato dos Policiais Civis de MS está dando entrada junto ao Ministério Público e Defensoria Pública solicitando a interdição das celas no 4º. DP, bem como a retirada imediata dos presos. O órgão de vigilância foi até o local após denúncia do Sinpol, no início deste mês.

“A equipe constatou o que nós já prevíamos: as péssimas condições que estão os custodiados daquele local, tornando as condições de trabalho dos policiais civis também arriscadas e insalubres”, afirma o presidente do Sinpol MS, Alexandre Barbosa.

De acordo com o laudo, foi constatada a presença de presos portadores de comorbidades e necessidades especiais, como administração de medicamentos em horário e “cuidados de saúde, que extrapolam as condições técnicas do estabelecimento, que não conta com serviço ou equipe de profissionais de saúde.” O documento aponta ainda, a necessidade de administração de medicamentos, inclusive injetáveis e o local não conta com o adequado gerenciamento dos resíduos de saúde, conforme dispõe a RDC no. 222/2018, que dispõe sobre as boas práticas de gerenciamento desses resíduos.

“Foram encontradas, ainda, situação como a de vários colchões no chão, facilitando e promovendo a proliferação de percevejos e ácaros por falta de higiene correta, já que não passam por limpeza adequada; bem como o acesso facilitado a uma tubulação desprotegida por tampa ou barreira física que favorece a proliferação de ratos, baratas e outros”, cita o presidente. “Nós também vamos dar entrada, novamente, a um ofício junto à Secretaria de Segurança Pública, pois agora há provas contundentes para que o Governo resolva a situação e nossos policiais voltem a desempenhar as suas funções.”