Sinpol/MS

Nesta terça-feira (26), diretores do SINPOL/MS espalharam faixas de protesto pela capital, denunciando a falta de valorização dos policiais civis de Mato Grosso do Sul. Os policiais reivindicam melhores salários e condições estruturais mínimas para trabalhar, e afirmam que o salário da categoria está defasado.

“Há sete anos, recebíamos o 6º salário do país. Até o ano passado, éramos o 20º, e agora em 2013, ocupamos o 25º lugar no ranking nacional. Estamos retrocedendo e isso demonstra a falta de valorização com os servidores da segurança pública do nosso estado”, declarou o presidente do Sinpol, Alexandre Barbosa da Silva.

Além do baixo salário, a categoria tem lutado por melhores condições de trabalho. “As delegacias do estado estão sucateadas. Falta até mesmo papel sulfite para lavrar um boletim de ocorrência, e mesmo assim, a polícia civil de Mato Grosso do Sul é considerada uma das mais eficientes do país segundo uma pesquisa recente do Ministério da Justiça”, disse Barbosa.

Apesar da baixa remuneração, na manhã de ontem (25), 41 policiais civis de Dourados receberam da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, certificados de elogio pelo bom trabalho prestado à sociedade, o que garantiu a redução, de todos os índices de crimes contra a vida e contra o patrimônio monitorados pela Sejusp.

“A própria secretaria de segurança reconhece que os policiais civis vem desempenhando um excelente trabalho, mas isso não basta. Precisamos ser valorizados, recebendo um salário digno, condizente com o risco da nossa profissão”, pontuou o presidente.

 
Reajuste - De acordo com a diretoria do sindicato, a proposta de aumento salarial de 25% ao ano, escalonado até 2014, seguido da implantação da promoção funcional automática somente pelo critério de antiguidade foi rechaçada pelo governador André Puccinelli logo no início das negociações.

“A proposta apresentada pela diretoria foi rejeitada pelo governador, mas esperamos chegar a um acordo nos próximos dias. Vamos aguardar uma nova audiência com a comissão do governo para tentarmos chegar a um acordo positivo para a categoria”, disse o presidente.