Notícias do Sinpol-MS

Sinpol esclarece à sociedade sobre situação caótica da polícia civil de MS

Sinpol/MS

POLICÍA CIVIL DE MS AGONIZA

 


O policial civil necessita de estímulo para desempenhar o seu trabalho e, dessa forma, garantir tranquilidade à população. Porém, para que isso aconteça, ele precisa sair de casa para trabalhar seguro de que sua família não passará por necessidades. Nesse contexto, o salário é componente essencial para assegurar melhores condições de vida aos seus familiares.

 


Portanto, o Sindicato dos Policias Civis de MS – SINPOL/MS vem esclarecer à sociedade o martírio pelo qual a Polícia Civil tem passado. São seis anos de falta de investimentos, considerando que esses são muito mais direcionados para a propaganda oficial do governo que em Segurança Pública.

 


Há sete anos, o salário do policial civil de Mato Grosso do Sul era o 6º do Brasil. Já no ano passado, ocupava o 20º lugar e, hoje, é o 25º pior salário. A Polícia Civil de MS é considerada uma das mais honestas do país, é também a que possui os melhores índices em resolução de casos de homicídios, segundo a Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp). Esta mesma polícia é a que cumpre o maior número de mandados de prisão no país, em contrapartida não é de maneira alguma valorizada.

 


O estado possui um déficit de mais de 1.000 (mil) policiais civis e não há sequer menção de edital para realização de concurso. Os servidores trabalham em escalas exaustivas, sem ao menos receberem horas-extras. Estão em constantes viagens a trabalho sem receber diária, e quando a recebe, o valor não supre os gastos essenciais. Cargos de chefias para investigadores e escrivães, somente existem na letra fria da lei.

 


As promoções funcionais da categoria viraram instrumento de barganha política.

 


Boa parte das delegacias do estado está sucateada. Em Campo Grande, o Cepol é um exemplo claro. Não há água e nem banheiro para os policiais e para a população. Na Delegacia de Plantão da área central (Depac-centro) faltam grampeadores, papel sulfite e até canetas, fazendo com que um simples boletim de ocorrência de furto demore até duas horas para ser registrado.

 


A cidade de Três Lagoas cresceu, mas o efetivo da Polícia Civil diminuiu. Em Ponta Porã, as ocorrências triplicaram e o efetivo foi reduzido. Enfim, a calamidade na Polícia Civil atinge todo o estado.

 


No interior, quem gere a Segurança Pública, equipando as delegacias, viaturas, distribuindo combustível, entre outros, são os Conselhos Municipais de Segurança.

 


Investigadores e escrivães, mesmo com um efetivo reduzidíssimo, tomam conta de 17 delegacias no estado, as quais não possuem delegados. Desvio de função é rotina. Os policiais são obrigados a cuidar dos mais de 900 presos abrigados em delegacias - transformadas em presídios, função esta que não é sua atribuição, mas sim dos agentes penitenciários.

 


Verifica-se que o policial civil está na função por amor à profissão, por isso, pede respeito ao trabalho que desempenha e exige que as autoridades os valorizem.

 


Pode-se mensurar que o salário de policiais civis de diversos estados, que possuem um PIB menor que o de Mato Grosso do Sul, é superior ao nosso. Exemplo disso é o estado de Sergipe que recebe o 2º melhor salário do país e tem um PIB quase 50% menor que o do MS.

 


Este esclarecimento visa mostrar à sociedade que os trabalhadores de Segurança Pública de MS, principalmente os POLICIAIS CIVIS, estão sangrando e clamam por uma política de valorização, ao menos na questão salarial.

 


A Segurança Pública merece mais atenção. A sociedade precisa ser protegida por uma Polícia Civil digna e respeitada, com policiais bem remunerados e acima de tudo, satisfeitos com seu trabalho.

 


Os policiais civis estão dispostos a brigar por seus direitos, assim como estão prontos, a todo momento, para cumprir sua função de servir e proteger a sociedade.

 

 

PRIORIDADE EM SEGURANÇA PÚBLICA É APENAS EM ÉPOCA ELEITORAL, PORÉM, OS PROBLEMAS JAMAIS SERÃO SOLUCIONADOS PARA NÃO PERDER O DISCURSO PARA O PRÓXIMO PLEITO.

 

 

 

A publicação pode ser conferida nos jornais:

 

Correio do Estado - pág. 06

O Estado - pág. 03 

Midiamax Diário - pág. 13

 

 



Fonte:Sinpol/MS


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