Sinpol distribui bolo para lembrar um ano de protesto por melhorias no CEPOL
Um ano após o protesto que paralisou o atendimento no Centro Especializado de Polícias (CEPOL) por 24 horas por condições dignas de trabalho e melhores salários, a situação caótica no local continua a mesma. Em alusão à data, o Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul - SINPOL/MS promoveu na manhã desta sexta-feira (09), um ato simbólico pelo “aniversário” da mobilização, distribuindo pedaços de bolo para os policiais civis que mesmo em meio a tantas dificuldades, realizam seu trabalho diariamente em benefício da sociedade.
O prédio que abriga cinco delegacias especializadas: Polinter (Delegacia Especializada de Polinter e Capturas), DEAIJ (Del. Espec. Atendimento à Infância e Juventude), DEOPS (Del. Espec. de Ordem Política e Social), DEH (Del. Espec. de Repressão aos Crimes de Homicídio) e DEDFAZ (Del. Espec. de Repressão aos Crimes de Defraudações) tem a estrutura física totalmente comprometida e não há condições mínimas de higiene.
“A situação do Cepol é lamentável e vem se arrastando há anos sem que seja tomada uma providência por parte do governo do estado. O local é insalubre e representa risco à saúde tanto do policial quanto da população que busca atendimento aqui”, relatou Alexandre Barbosa da Silva, presidente do SINPOL.
De acordo com os próprios policiais, o prédio está sem água há três dias e o mau cheiro toma conta das dependências das delegacias, já que não tem como limpar os banheiros. “Não temos água nem para beber, quanto mais para fazer a limpeza e isso é comum por aqui. Há mais de um ano somos obrigados a comprar água com o nosso dinheiro se não quisermos ficar com sede”, disse um policial que não quis se identificar.
Providências - O SINPOL possui um arquivo de ofícios e representações protocolizados desde 2010, acionando as autoridades competentes com pedidos de providências para a situação do CEPOL.
“Temos um laudo da Vigilância Sanitária atestando irregularidades gravíssimas quanto aos aspectos físicos e saúde dos trabalhadores e pedindo inclusive, a interdição do prédio, mas até o momento nenhuma medida foi tomada”, disse Barbosa.
Em um dos ofícios, o sindicato sugere a transferência do Centro Especializado para o prédio do antigo Fórum, localizado na Avenida Fernando Corrêa da Costa, sugestão esta, não atendida pelo Secretário de Segurança Pública, Wantuir Jacini.
Fonte:Sinpol/MS