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Sinpol constata superlotação nas depac’s depois que agentes penitenciários paralisaram o recebimento de presos

Sinpol/MS
Presos das duas delegacias quase superam limite máximo na capital.

O presidente do SINPOL/MS, Alexandre Barbosa da Silva e o diretor jurídico Giancarlo Miranda estiveram na manhã desta terça-feira (06), nas duas Delegacias de Pronto Atendimento Comunitário (Depac’s) - Centro e Piratininga, em Campo Grande, para verificar a situação das delegacias depois que os agentes penitenciários paralisaram desde o último dia 1º, o recebimento de presos.


De acordo com o presidente, 37 detentos estão abrigados nas duas unidades policiais. “Com a recusa dos agentes em receber os presos, o número de abrigados somente nas duas delegacias quase supera o limite máximo de presos na capital que é de 40 custodiados, em caráter temporário”.


Além das Depac’s, em Campo Grande, a 4ª delegacia, que fica nas Moreninhas e a DERF – Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos também abrigam presos provisórios.


A diretoria do sindicato afirmou que aguarda o resultado da reunião do Sinsap/MS (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de MS) com a SEJUSP para marcar uma audiência em caráter de urgência com o Delegado-Geral da Polícia Civil, Dr. Jorge Razanauskas para cobrar providências, pois as delegacias já estão superlotadas e com a paralisação que pode se estender por mais dias, a situação tende a piorar.


“Vamos cobrar providências urgentes do delegado-geral. As delegacias não são presídios e não possuem estrutura mínima para abrigar presos. Além disso, não é atribuição dos policiais civis, custodiar detentos, até porque na academia de polícia, não recebem treinamento para isso”, relatou o presidente.


Segundo o presidente, o limite de presos em todo o estado é de 200 detentos, porém, atualmente, encontram-se cerca de 900 detentos espalhados nas delegacias de Mato Grosso do Sul.


Uma das bandeiras de luta do Sinpol é a retirada total de presos das delegacias do estado. ”Enquanto estivermos à frente do sindicato, lutaremos para retirar os presos das delegacias e fazer valer os direitos dos policiais civis. Sem presos nas delegacias, os policiais poderão realizar o sua atividade fim, que é investigar os crimes com melhor desempenho”, disse.


Uma assembleia geral com os policiais civis de todo o estado deve acontecer para definir irá definir se haverá ou não a interdição das celas das delegacias, caso os agentes penitenciários não voltem a receber os presos.

 



Fonte:Sinpol/MS


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