Sinpol-MS

O Sinpol-MS esteve, na manhã desta segunda-feira (22), no Fórum de Campo Grande e constatou a situação deplorável em que os policiais civis que fazem a escolta de presos estão tendo que trabalhar. “Não há estrutura para que eles façam a escolta e fiquem aguardando a realização da audiência de custódia. Eles ficam cerca de oito horas sem refeição, pois a administração não fornece”, enfatizou o presidente do Sinpol-MS, Giancarlo Miranda. A falta de estrutura afeta itens básicos para a função policial como coletes balísticos, algemas e armas não letais.
Na visita, o sindicato registrou que cerca de 15 presos foram escoltados por cinco policiais civis até o Fórum. O número baixo de efetivo é um dos problemas alarmantes na realização de escolta, o que prejudica o cumprimento de outras tarefas. O veículo Fiat Ducato que transporta os presos está em péssimo estado, sem ventilação e é inapropriado para o serviço, porém é o único disponível já que os outros três veículos que foram baixados.
O Sinpol-MS encaminhará um documento solicitando ao Tribunal de Justiça para que avalie a possibilidade da realização da audiência de custódia através do seu novo programa “Carreta da Justiça”. “Vamos sugerir que um juiz vá às delegacias de todo o estado para fazer a audiência de custódia dentro das unidades. O que agilizaria o processo e diminuiria o risco de fuga dos presos que da delegacia já poderiam ser encaminhados à unidade prisional ou posto em liberdade. Será uma otimização de recursos, tempo e de pessoal”, avaliou Giancarlo. A escolta de presos no Fórum da Justiça é considerada um desvio de função, uma vez que o prédio não faz parte da Policia Civil e os policiais civis não podem garantir a segurança deles, dos presos e dos visitantes do prédio. O sindicato informará o caso à Delegacia-Geral de Polícia Civil e à Sejusp solicitando as providências cabíveis e para garantir a melhoria do trabalho dos policiais civis.
 

Fonte:Assessoria de Comunicação Sinpol-MS