Sinpol cobra da DGPC reversão das escalas extras em Campo Grande
O presidente do Sinpol, Giancarlo Miranda, esteve na manhã desta terça-feira (13) na Delegacia-Geral da Polícia Civil para cobrar a reversão de escalas de sobreaviso, divulgada por uma Comunicação Interna da DGPC. O presidente se reuniu com o delegado-geral Adriano Garcia Geraldo, e a delegada-geral adjunta, Rozeman Geise Rodrigues de Paula, e ponderou que fosse feita uma remoção de policiais ao Depac, ou uma cedência, até a nomeação dos novos policiais, prevista para o dia 20 de julho, para que esses atendam essas possíveis novas demandas. O Sinpol protocolou um documento solicitando a reversão da circular.
Circular divulgada pela DGPC estabelece que, em razão do incremento do efetivo de policiais e viaturas da Polícia Militar, no trabalho de policiamento ostensivo em Campo Grande, pode acarretar um aumento no trabalho de ocorrências nas Depacs, solicitando uma escala de revezamento de sobreaviso de delegados, escrivães e investigadores, em todas as delegacias da Capital, como escala de plantão.
"O problema é que nós já não recebemos hora extra pelo trabalho realizado hoje e, nessa circular não é mencionado nenhum incremento sobre essas novas horas que serão trabalhadas a mais. Fazer uma escala de sobreaviso com esses policiais que hoje já estão assoberbados, é injusto, pois é desumano ter de dar conta de realizar seus trabalhos diários, que são muitos, e ainda fazer parte de uma escala extra. Tivemos reajuste zero este ano, com perdas salariais nos últimos anos, e ainda trabalhar com sobrecarga de serviço, acaba sendo extremamente desmotivador para os policiais. O Sinpol apresentou alternativas para que não ocorra isso", explica o presidente do Sinpol.
O presidente do Sinpol alertou ainda para que seja feito um cronograma para os trabalhos de 2022, já com a definição de valores para as horas extras, e colocou a instituição à disposição para ajudar no processo, sem onerar os policiais. Em razão da pandemia, a lei federal 173/2020 impôs limitações de gastos aos cofres públicos, o que impede a concessão de horas extras neste ano. A presidente eleita da Adepol-MS, delegada Aline Sinott, também participou da reunião e também apresentou alternativas para que não ocorra a escala de sobreaviso. A delegada ponderou ainda que fosse utilizada como reforço a equipe de supervisão, que já acompanha todo o trabalho policial no dia a dia. O Sinpol está acompanhando a situação e vai aguardar a decisão da DGPC. "Acreditamos no bom senso da direção geral da Polícia Civil para resolver essa situação, entretanto, caso não se chegue a um consenso, nosso departamento jurídico está pronto para ingressar com as medidas judiciais que forem cabíveis. O Sinpol trabalha de forma ininterrupta para que os direitos dos seus representados sejam sempre respeitados, ainda mais nesse momento difícil que estamos atravessando", afirma Giancarlo Miranda.
Confira, abaixo, a circular: