Sinpol alerta policiais civis sobre nova estratégia de Facções Criminosos
Fonte: CobrapolO Sinpol, através da Cobrapol, alerta os policiais civis sobre uma nova estratégia das facções criminosas, para frustrar prisões realizadas pela Polícia Civil. Casos registrados em outros Estados mostram que os líderes das facções criminosas estão orientando os criminosos a alegar, durante as Audiências de Custódia, agressões por parte da Polícia Militar e da Polícia Civil no momento das prisões. A orientação dada aos criminosos, é de que durante seus depoimentos, os presos declarem que foram agredidos e tiveram suas casas invadidas de forma ilegal.
“Essa é uma situação do nosso conhecimento e tem causado bastante preocupação. O Sinpol vai levar esse fato até o Poder Judiciário, a fim de promover a justiça e proteger o trabalho policial”, declarou Alexandre Barbosa, presidente do sindicato.
Casos no RS
Essa nova prática do crime organizado tem levado a uma enxurrada de solicitações de abertura de sindicâncias na Corregedoria de Polícia, com acusações de agressões e abuso de autoridade, supostamente cometidas pelos policiais. Em Porto Alegre, por exemplo, foram 43 processos registrados na última semana. Em áudios interceptados pela Polícia Civil, os chefes das facções dizem para os bandidos baterem os braços na parede, para deixar roxos que seriam utilizados como prova. Em outro áudio, o integrante da facção orienta para fazer a denúncia na Corregedoria, dizendo que tiveram a sua casa invadida e foram agredidos no momento da prisão. A estratégia dos criminosos tem levado a um grande número de soltura de presos durante as Audiências de Custódia.
Boa parte desses casos acontece com a alegação de ilegalidade no ato de prisão. Essa realidade tem levado a uma intimidação da atuação policial, com a categoria começando a questionar a validade do seu trabalho. Os profissionais, que arriscam sua vida para realizar as prisões, estão sendo acusados de praticar ilegalidades e vendo seu trabalho desconsiderado, com base apenas no depoimento de integrantes das facções criminosas, sem levar em conta as provas contundentes que constam dos autos. Muitas dessas prisões, são resultado de um longo trabalho de investigação, que envolve toda uma equipe de policiais e são realizadas a partir de um rigoroso trabalho de levantamento de provas, respeitando todo o protocolo de atuação da polícia. Não existe justificativa para que isso seja desconsiderado a partir de uma acusação infundada por parte do preso, que não chega nem mesmo a ser investigada.