Sinpol acompanha investigações sobre execução de investigador em Ponta Porã
Nesta quarta-feira (07), os diretores do Sinpol-MS estão em Ponta Porã acompanhando e colaborando nas investigações sobre o brutal assassinato do investigador Wescley Vasconcelos (37 anos), ocorrido no final da tarde de ontem. A entidade cobra o fechamento da fronteira pelo governo do Estado, pois acredita que muitos dos crimes ocorridos na região são fomentados pelo tráfico de drogas e armas. Segundo o presidente do sindicato, Giancarlo Miranda, o combate a estes tipos de crime não é função do policial civil. “Por força de um convênio do Estado com a União, os agentes de polícia investigam e prendem criminosos, sem ter a estrutura necessária para o trabalho, tão pouco um incentivo para permanecer na fronteira, onde acabam sendo alvo da represália de facções fortemente armadas”, declarou
O investigador Wescley morreu após ser atingido por 30 tiros de fuzis em uma emboscada próximo a 1º Delegacia de Ponta Porã. Está estável o estado de saúde da estagiária da unidade que estava com ele na viatura no momento do ataque.
Homenagens
O investigador Wescley era casado e tinha um filho pequeno. Eles residiam em Ponta Porã desde sua formação na Academia de Polícia, no final do ano de 2014. Em Mato Grosso do Sul, ele buscava uma melhor condição de carreira e vida para sua família. Sua vocação pela Segurança Pública começou na Bahia, onde foi policial militar por 6 anos. Ele colaborou com polícias de muitos estados brasileiros e, por isso, muitos manifestaram seu pesar pela perda inestimável. O velório aconteceu em Ponta Porã com a presença de muitos policiais civis, militares e federais. O Sinpol-MS agradece as manifestações de apoio e condolências. “A morte do nosso amigo não será em vão. Transformaremos mais uma vez o nosso luto em luta por uma sociedade melhor e segura para os cidadãos”, concluiu Giancarlo. O sepultamento ocorrerá em Brasília-DF, onde seus familiares residem.
Outros casos
Aquiles Chiquin Junior (34 anos) – investigador lotando na DP de Paranhos. Foi assassinado com tiros de fuzil enquanto malhava em uma academia da cidade no dia 14/06/16. Outras quatro pessoas foram atingidas.
Anderson Celin Gonçalves da Silva (36 anos) - investigador lotado na DP de Jaraguari foi assassinado e teve o corpo queimado em uma caminhonete no dia 21 de abril na cidade Bela Vista-MS.
José Nivaldo de Almeida (51 anos) - o investigador foi assassinado enquanto intervinha em uma troca de tiros em um bar próximo a sua residência no dia 28 de junho de 2015 na cidade de Tacuru.
Cláudio Roberto Alves Duarte (39) – o investigador, lotado na Delegacia de Polícia de Aral Moreira, foi assassinado enquanto intervinha em um assalto em Ponta Porã na noite de 18 de março de 2015.
Marcílio de Souza (51) - perito papiloscopista, lotado na Delegacia de Polícia de Paranhos, foi executado, no dia 12 de fevereiro de 2014, dentro de uma lanchonete quando voltava da Comissaria Paraguaia após informar o furto de um trator ocorrido no município de Sete Quedas (MS).
Miguel Honorato Abreu Holsbach (44 anos) – investigador covardemente assassinado em tacuru em 01/09/2012. Ele estava em sua residência assistindo TV com a sua esposa, momento em que entraram dois homens armados e efetuaram vários disparos contra ele e sua esposa, sem oferecer a menor chance de reação.