Sinpol aciona Sejusp e DGPC para solucionar situação de Bela Vista
Durante as visitas de praxe realizada pela diretoria do SINPOL/MS, em delegacias da capital e do interior de Mato Grosso do Sul, o presidente do sindicato, Alexandre Barbosa da Silva, encontrou uma situação deplorável na delegacia de Bela Vista, localizada a 349 km de distância da capital.
De acordo com o presidente, a fossa da delegacia encontra-se entupida há vários dias, exalando odor desagradável por toda a vizinhança. A água suja com dejetos sobe pelo bueiro externo, tomando conta do pátio. Os banheiros destinados ao uso dos policiais e da população estão interditados.
Laudos da Vigilância Sanitária atestam que o local é totalmente insalubre e fora dos padrões de higiene.
Além do problema citado, Barbosa constatou total abandono à unidade policial que atende todo o município. Do lado de fora, o mato toma conta do pátio, dificultando a visibilidade e oferendo riscos aos policiais civis lotados, pois qualquer meliante pode adentrar as dependências da delegacia para se comunicar, passar objetos ou mesmo resgatar presos.
Outra grande preocupação do sindicato é a superlotação. Atualmente, a DP de Bela Vista abriga em média, 20 detentos, sendo 11 deles, já condenados pela justiça.
“É preocupante a situação a que os presos são submetidos, pois seus direitos são cerceados por falta de estrutura já que as delegacias não foram projetadas para abrigar detentos e isso representa risco para toda a sociedade”, explica o presidente.
Diante da situação deplorável, o SINPOL protocolizou nesta quarta-feira (15), ofícios junto à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública e à Delegacia Geral da Polícia Civil, com uma cópia dos laudos da VS solicitando a remoção dos detentos desta delegacia para um estabelecimento penal adequado, além da reforma do prédio.
A diretoria do SINPOL tem lutado incessantemente para retirar todos os presos das delegacias do estado, haja vista que as delegacias não têm estrutura para abriga-los e os policiais civis tão pouco foram treinados para custodiar detentos. “A custódia de presos é obrigação da Agepen e não da polícia civil. Com a transferência dos detentos para um estabelecimento penal adequado, a polícia pode realizar seu trabalho que é a investigação dos crimes com mais dedicação e rapidez”, finalizou Barbosa.
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