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Sindicato acusa governo por negligência no caso do policial civil baleado em serviço

Divulgação

A situação do policial civil, Almir dos Santos Andrade, baleado na perna no último dia 27 ao interceptar um assalto na cidade de Ponta Porã, não deixa dúvidas de que o Governo do Estado vem tratando a segurança pública com descaso.

 


Os policiais civis de Mato Grosso do Sul recebem hoje, um dos piores salários do país, ocupando o 25º lugar no ranking nacional, o que significa que apesar de toda a eficiência demonstrada através de respostas rápidas acerca dos crimes que assolam a população do estado, não tem o seu serviço valorizado.

 


Os profissionais da segurança pública exercem uma atividade de risco constante, e apesar disso, não existe uma política estadual para prestar socorro em casos de acidentes de trabalho.

 


“O caso do investigador Almir, tem que ser considerado um acidente de trabalho, pois no momento em que abordou os marginais, estava cumprindo com o seu papel de policial, e apesar de não estar em horário de expediente, impediu que um cidadão comum fosse vítima de bandidos”, explicou o presidente do Sinpol/MS, Alexandre Barbosa da Silva.

 


De acordo com a esposa de Almir, o policial precisou realizar um procedimento cirúrgico avaliado em R$ R$ 59.000,00 (cinquenta e nove mil reais), o qual a família terá que arcar com 30% do custo, ou seja, R$ 18.000,00 (dezoito mil reais), o que equivale a oito meses de serviço do policial, e isso sem contar os gastos com remédios, transporte e demais despesas.

 


Para a diretoria do SINPOL, o Governo Estadual negligencia situações como esta, pois é dever do estado arcar com as despesas.

 


“O investigador cumpriu o seu dever perante a sociedade, em contrapartida, não está recebendo auxílio do governo estadual que é quem deveria arcar com as despesas”, disse Barbosa.

 


Barbosa disse ainda que o advogado do sindicato entrará com uma ação pedindo a desoneração do pagamento realizado pelo policial durante todo o tratamento e que está prestando toda a assistência necessária ao servidor e à sua família.

 


“O que o sindicato pode fazer para amparar o policial nós estamos fazendo, inclusive estamos iniciando uma “corrente solidária” para ajudar nas despesas médicas”.

 


Segundo a diretoria, a documentação para abertura de uma conta no Banco do Brasil já foi entregue e até o início da próxima semana, a agência passará o número com o nome “SOS ALMIR” para que os colegas também possam contribuir com a sua recuperação.

 

 



Fonte:Sinpol/MS


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