Setembro Verde conscientiza sobre importância de doação de órgãos
Além de alertar sobre o suicídio, o mês de setembro também é dedicado à conscientização sobre a importância de ser um doador de órgãos e tecidos. Na coloração verde, que simboliza a esperança, a campanha "Setembro Verde" é realizada desde 2014 em todo o Brasil, com o objetivo de chamar a atenção sobre a importância de ser um doador e falar do impacto desse ato que transforma e salva vidas.
Em Mato Grosso do Sul, segundo a Central de Transplantes do Estado, já foram realizados 100 transplantes desde o início do ano. Sendo 80 transplantes de córnea, 17 de rim e 03 de coração. Além dos transplantes realizados, atualmente existem 339 sul-mato-grossenses na fila de espera. Desse total, 177 aguardam por um transplante de córnea, 159 por um rim, e outros 3 que esperam por um coração.
Investigador aposentado e repórter esportivo, Edson José da Silva, de 63 anos, ficou quatro anos na fila de espera e no dia 12 de julho passou pelo procedimento cirúrgico, no Hospital do Rim, em São Paulo (SP). Ao relembrar os momentos difíceis que passou e a luta para conseguir o transplante tão aguardado, Edson José se emociona e agradece a todos que o ajudaram desde a descoberta da doença renal crônica grave até a sua plena recuperação.
"Ao longo destes quatro anos de luta, viajei a Dourados três vezes por semana, para fazer hemodiálise. Dez companheiros que faziam hemodiálise na minha sala e mais dez nova-andradinenses perderem a vida enquanto aguardavam na fila de espera por um transplante", relembra com tristeza. E faz um apelo à sociedade:
"É muito importante a doação, não apenas de rim, mas de todos os órgãos. Sei que não deve ser uma decisão fácil para as famílias, mas se pensarmos que de um lado existe a dor, de outro existe a esperança de vida. Amanhã pode ser você ou alguém de sua família a precisar de um órgão, então, pense no próximo e diga sim à doação de órgãos", reitera.
Conversar com a família sobre o desejo de se tornar um doador de órgãos é fundamental para que essa corrente de solidariedade e amor não se quebre. “Entendemos que a maioria das negativas são porque as famílias desconhecem a vontade de doar órgãos do ente querido que morreu. Nesse sentido o Setembro Verde vem sensibilizar as pessoas para conversar sobre esse tema tão importante para quem espera”, explica a coordenadora da Central Estadual de Transplantes de MS, Claire Miozzo. Com informações do site Nova News e da Secretaria de Saúde de MS.