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Sem diálogo, policiais civis já falam em greve em Mato Grosso do Sul

Dourados Agora

Policiais civis de Dourados realizaram uma reunião no último sábado (07) para falar da negociação salarial 2013. Na oportunidade, o vice-presidente do SINPOL/MS, Roberto Simião de Souza esclareceu da Regional que até agora não o governo do estado não sinalizou avanço nas negociações. "Estamos sendo forçados a deflagrar a greve. Não é isso que queremos, mas o governador insiste em não atender nossas reivindicações”, disse.

 


Segundo Roberto, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul está sucateada. “Falta estrutura nas delegacias, policiais e o nosso salário é o um dos piores do país", frisa o vice-presidente.

 


De acordo com ele, o déficit no Estado é de 800 investigadores, 200 escrivães e 150 papiloscopistas. "É ainda querem discutir a PEC 37, a PEC da impunidade, que pretende dar o poder de investigação criminal aos policiais civis, que não tem condições para assumir toda essa responsabilidade", disse Roberto.

 


A PEC quer tirar o poder de investigação do Ministério Público e restringir apenas aos policiais civis e federais. "Como que um delegado, subordinado do Governo do Estado, vai investigar o próprio Estado. Isso não vai acontecer porque ele será transferido, rechaçado", pontua o vice-presidente da categoria, ressaltando que a PEC é um retrocesso.

 


Reajuste


Os policiais civis reivindicam um aumento salarial de 25% para este ano e para 2014. A proposta já foi apresentada ao governador André Puccinelli, que de imediato, rejeitou. Atualmente, o salário de um policial civil varia de R$ 2.361, a cerca de R$ 5 mil.

 


“No papel somos reconhecidos pelo excelente trabalho desempenhado, somos também, o 6º no ranking do país em resolução de casos de homicídio, mas recebemos um dos piores salários. Isso é muito contraditório e demonstra mais uma vez, o descaso das autoridades com os servidores”, questiona Roberto Simião. "O discurso do governo é que faltam recursos, mas sabemos que isso não acontece e a cada ano a arrecadação só aumenta", pontuou.

 


Ele ainda questiona o apadrinhamento de policiais por parte de autoridades políticas, problema considerado crítico pela categoria. Ele alega que muitos são promovidos rapidamente por conta de seus “padrinhos”, enquanto outros trabalham 30 anos sem conseguir subir de cargo.



Fonte:Dourados Agora


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