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Rio Como Vamos: segurança melhorou de 2009 para 2013

 RIO - A situação da segurança na cidade está muito melhor do que no passado, segundo levantamento do Rio Como Vamos (RCV). Indicadores de origem hospitalar, que têm como fonte a Secretaria municipal de Saúde, e registros de delegacias, reunidos pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), revelam que nenhum número voltou ao patamar de 2009.

Os casos de internação de crianças vítimas de agressão passaram de 1.210 para 990, de 2009 para 2012 (diminuição de 18%). Já as mortes decorrentes de ação policial caíram de 237 para 73, no mesmo período (menos 69%). Chamam a atenção os homicídios de homens jovens (de 15 a 24 anos): entre 2006 e 2012, houve queda de 991 para 293.

Quanto aos registros em delegacias, ao observar-se os anos de 2009 e 2013, a maior queda ocorreu no latrocínio (roubo seguido de morte): de 98 para 42 (menos 57%). O auto de resistência (morte em confronto com a polícia) caiu de 607 para 198 casos.

A faxineira Genilda Lunguinho de Nascimento, casada e mãe de duas filhas, diz que a chegada da UPP melhorou bastante a vida dos moradores do morro Dona Marta, em Botafogo: - Temos mais tranquilidade para andar na comunidade.

O RCV alerta, porém, que, de 11 indicadores levantados no período de 2009 a 2013, três aumentaram a incidência de 2012 para 2013: homicídio doloso, roubos de rua e de veículos.

No caso do homicídio doloso, as regiões mais críticas foram Botafogo (de seis para 15 registros) e Tijuca (de cinco para 11).

Roubos crescem em Botafogo

A área mais afetada por roubos de rua e veículos também foi Botafogo: de 1.132 para 1.994 registros (roubos de rua) e de 115 para 205 (roubos de veículo). Comparando-se os primeiros trimestres de 2013 e de 2014, houve aumento de 47% nos roubos de rua (de 8.335 para 12.245 casos) e de 9,3% nos homicídios dolosos (de 334 para 365).

Para Bruno Celestino, assistente de projetos e morador do Alemão, a sensação de insegurança permanece: - Falta confiança dos moradores nos policiais que usam de práticas coercitivas e discriminatórias, fruto do despreparo.

Subsecretário de Planejamento e Integração Operacional da Secretaria de Segurança, Roberto Sá reconhece a legitimidade da desconfiança da população. Mas destaca que, na segurança, não se controlam todas as variáveis: - A corrupção tira a credibilidade da polícia e intimida a população. Por isso, temos investido em investigação, punição dos maus exemplos e na educação, inclusive criando uma política de metas, que reconhece o trabalho dos policiais e estimula uma conduta mais humana.


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