Ricardo Ayache manifesta apoio a Sinpol por denúncia do caso de São Gabriel do Oeste
O candidato ao Senado Federal, Ricardo Ayache (coligação “Mato Grosso do Sul com a Força de Todos”) esteve na última quarta-feira, 16, com Alexandre Barbosa, presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul (Sinpol), que denunciou inúmeras irregularidades na delegacia de polícia de São Gabriel do Oeste. Na última segunda-feira, 14, o sindicato realizou uma visita de rotina e verificou que cinco pessoas estavam presas há mais de 20 dias em condições desumanas, em uma cela improvisada sem acesso a banheiro, mau cheiro e comida espalhada pelo chão, além da falta de efetivo no local que expõe os policiais a condições de risco. “Parabenizo o Sinpol por exercer um dos seus principais papeis, que é o de fiscalizar as condições de trabalho de seus associados e denunciar a falta de investimento na segurança pública, que atinge o sistema carcerário em nosso Estado”, disse o candidato.
Após a denúncia, que ganhou repercussão nacional, os presos foram transferidos para outras unidades prisionais, dois para Campo Grande e três para Coxim.
Barbosa agradeceu o apoio de Ayache destacou que seriam necessários 2.400 policiais civis no Estado de Mato Grosso do Sul, que hoje conta com pouco mais de 1.300 escrivães e investigadores ativos. Enquanto isso, 579 novos policiais civis aguardam início do curso de formação, cujo processo foi postergado pelo Governo. De 2007 para cá, saíram 435 profissionais da Polícia Civil e entraram 288, um déficit de 147. “São 6 anos e apenas 288 novos policiais, ou seja, dos 491 que vão entrar, 147 deles entram para cobrir um déficit e o Estado fica devendo para a segurança mais de 750 policiais”, disse Barbosa.
Governo Federal faz sua parte
Apesar do caos vivido na segurança pública do Estado, Ricardo Ayache fez questão de destacar que o Governo Federal tem priorizado a área e repassado verbas aos estados. Segundo o último levantamento do Ministério da Justiça, o país investiu mais em segurança pública em 2013 do que em 2012. Pelos dados compilados pelo ministério, e, 2012 foram gastos R$ 3,5 bilhões pelos seis departamentos vinculados à pasta, entre eles a Polícia Rodoviária Federal, a Secretaria Nacional de Segurança Pública e o Departamento Penitenciário Nacional. Em 2013, o gasto foi de R$ 4,2 bilhões.
Pelo levantamento, houve aumento de gastos em quatro programas do governo considerados prioritários: Crack, É Possível Vencer — passou de R$ 142,2 milhões para R$ 368,7 milhões —, Brasil Mais Seguro — de R$ 78,7 milhões para R$ 359,8 milhões —, Plano de Segurança Pública para Grandes Eventos — de R$ 451,4 milhões para R$ 707 milhões — e Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais e sobre Drogas — de 37,2 milhões para 58,7 milhões.
Fonte:BBC News