Em todo o País, há um déficit de mais de 237 mil vagas no sistema prisional brasileiro. O dado foi apresentado nesta terça-feira (4) durante a primeira reunião da Coordenação de Acompanhamento do Sistema Carcerário na sede do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB), em Brasília. Em Mato Grosso do Sul, com uma população carcerária de 12.400 presos, faltam quase seis mil vagas.

A Seccional Mato Grosso do Sul (OAB/MS) participa da reunião com a presença do presidente, Júlio Cesar Souza Rodrigues, do presidente da Comissão Temporária do Sistema Carcerário da Seccional, Carlos Magno Couto, e o vice-presidente, Luiz Carlos Saldanha Junior, que toma posse hoje como membro da Coordenação de Acompanhamento do Sistema Carcerário.

Em Mato Grosso do Sul, a Comissão visitou cinco unidades prisionais na Capital e sete no interior, nas cidades de Três Lagoas, Coxim, Naviraí, Dois Irmãos do Buriti, Corumbá, Dourados e Ponta Porã. “Ainda estamos levantando dados de outras unidades para elaborarmos um relatório que irá apontar os principais gargalos em nosso Estado”, disse Júlio Cesar.

O encontro em Brasília conta com a presença de presidentes de Seccionais da OAB/MS de outros Estados, da ministra da Secretaria de Direitos Humanos do Gabinete da Presidência da República, Maria do Rosário, do ex-ministro da Justiça, Miguel Reale Jr., do secretário da Reforma do Judiciário, Flavio Caetano, representantes do CNMP e CNJ, da secretária de Justiça do Paraná, Maria Tereza Uille, do diretor de Políticas Penitenciárias do Ministério da Justiça, Luiz Fabrício Vieira Neto, do diretor do Departamento Penitenciário Nacional, Augusto Eduardo de Souza Rossini, além de conselheiros da OAB Federal e do presidente Marcus Vinicius Coêlho.