Promotor quer punições alternativas para reduzir violência entre estudantes em MS
Sérgio Harfouche, Promotor de Justiça da Infância e Juventude de Campo Grande-MS, ministrou palestra na Assembleia Legislativa na manhã de ontem (17), ocasião em que falou sobre o caso da morte da jovem Luana, esfaqueada após briga em uma escola estadual de Campo Grande.
O promotor afirmou que apesar de ser caso de polícia, as brigas em escolas têm que ser resolvidas na escola. “O diretor tem que ter autoridade de resolver o problema lá dentro e não levar para a delegacia, que está cheia de coisas para resolver”, disse, ressaltando que as famílias de alunos que brigam também são responsáveis.
Harfouche declarou que os números de brigas em escolas de Mato Grosso do Sul não o surpreendem e disse que o estado está até distante, comparado a outros, que têm números assustadores. O promotor relatou que é prática comum, adolescentes combinarem brigas via internet, filmarem, e exibirem o vídeo, como aconteceu no caso de Luana. “Isso tem que acabar”.
O excesso de violência na televisão influencia e dificulta na orientação das crianças e adolescentes. “Rinha de galo é proibido, mas UFC passa na televisão. Quer dizer, proteger o animal pode, mas as crianças não? Vivemos uma época em que quem bate mais é tratado como herói”, explicou.
Acordo com escolas
O Ministério Público (MP) tem projeto de gestão estratégica de reparação pedagógica em acordo com as escolas. O projeto existe há 15 anos e é feito após a escola assinar acordo de que quando necessário, o MP ajudará a restaurar a autoridade dos professores e diretores.
O acordo penaliza crianças e adolescentes de forma pedagógica, com o intuito de fazer com que eles não repitam o que fizeram. Harfouche contou que o acordo tem surtido efeito e que crianças que sofrem a reparação pedagógica não têm causado mais problemas.
A Escola Estadual José Ferreira Barbosa, palco da trágica morte de Luana que assolou o país, já entrou em contato com a promotoria pedindo palestra. Porém, o promotor informou que as palestras só são realizadas em escolas que têm acordo com o Ministério Público, forçando a parceria.
Pesquisas
Pesquisa de instituto sul-mato-grossense informa que 50 % dos professores de escolas públicas já sofreram agressão física e moral e que 30% não estão mais lecionando por estarem com problemas psicológicos.
Outra pesquisa mostra que 80% dos alunos de escola pública já desacataram professores e que 30% já agrediram ou ameaçaram. Harfouche reclamou das escolas particulares, que “escondem informações” e não passam dados.
Investigações
O promotor de justiça revelou que a promotoria já investiga, em fase final, o tráfico de drogas dentro de escolas particulares. O caso de abuso sexual entre alunos também é comum nas escolas privadas, segundo Harfouche.
Denúncias nos Ceinfs
Sobre comidas estragadas nos Ceinfs (Centro de Educação Infantil), a promotoria tem acompanhado as denúncias, mas ainda não conseguiu um flagrante. Harfouche disse que os alimentos do Ceinfs têm que ter qualidade. “Não interessa que custe mais caro, o que não pode é ter carne com sebo. Já o administrador municipal, pelo visto, se preocupa mais em gastar menos”, cutucou.
O promotor afirmou que apesar de ser caso de polícia, as brigas em escolas têm que ser resolvidas na escola. “O diretor tem que ter autoridade de resolver o problema lá dentro e não levar para a delegacia, que está cheia de coisas para resolver”, disse, ressaltando que as famílias de alunos que brigam também são responsáveis.
Harfouche declarou que os números de brigas em escolas de Mato Grosso do Sul não o surpreendem e disse que o estado está até distante, comparado a outros, que têm números assustadores. O promotor relatou que é prática comum, adolescentes combinarem brigas via internet, filmarem, e exibirem o vídeo, como aconteceu no caso de Luana. “Isso tem que acabar”.
O excesso de violência na televisão influencia e dificulta na orientação das crianças e adolescentes. “Rinha de galo é proibido, mas UFC passa na televisão. Quer dizer, proteger o animal pode, mas as crianças não? Vivemos uma época em que quem bate mais é tratado como herói”, explicou.
Acordo com escolas
O Ministério Público (MP) tem projeto de gestão estratégica de reparação pedagógica em acordo com as escolas. O projeto existe há 15 anos e é feito após a escola assinar acordo de que quando necessário, o MP ajudará a restaurar a autoridade dos professores e diretores.
O acordo penaliza crianças e adolescentes de forma pedagógica, com o intuito de fazer com que eles não repitam o que fizeram. Harfouche contou que o acordo tem surtido efeito e que crianças que sofrem a reparação pedagógica não têm causado mais problemas.
A Escola Estadual José Ferreira Barbosa, palco da trágica morte de Luana que assolou o país, já entrou em contato com a promotoria pedindo palestra. Porém, o promotor informou que as palestras só são realizadas em escolas que têm acordo com o Ministério Público, forçando a parceria.
Pesquisas
Pesquisa de instituto sul-mato-grossense informa que 50 % dos professores de escolas públicas já sofreram agressão física e moral e que 30% não estão mais lecionando por estarem com problemas psicológicos.
Outra pesquisa mostra que 80% dos alunos de escola pública já desacataram professores e que 30% já agrediram ou ameaçaram. Harfouche reclamou das escolas particulares, que “escondem informações” e não passam dados.
Investigações
O promotor de justiça revelou que a promotoria já investiga, em fase final, o tráfico de drogas dentro de escolas particulares. O caso de abuso sexual entre alunos também é comum nas escolas privadas, segundo Harfouche.
Denúncias nos Ceinfs
Sobre comidas estragadas nos Ceinfs (Centro de Educação Infantil), a promotoria tem acompanhado as denúncias, mas ainda não conseguiu um flagrante. Harfouche disse que os alimentos do Ceinfs têm que ter qualidade. “Não interessa que custe mais caro, o que não pode é ter carne com sebo. Já o administrador municipal, pelo visto, se preocupa mais em gastar menos”, cutucou.
Fonte:Midiamax