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Policial Civil faz cinema com recursos próprios

Fazer cinema no Brasil não é fácil, e em Mato Grosso do Sul, a tarefa é praticamente um ato de resistência. Contando exclusivamente com recursos financeiros próprios, mais ainda. Contrariando todas as apostas, o policial civil Davi Pierre apostou no audiovisual e é diretor e roteirista do longa-metragem "Daqui à Lua" e do média-metragem "Valores".

Com um orçamento de R$ 15 mil tirado do próprio bolso, ele realizou as películas como trabalho de conclusão de curso de sua pós em graduação de Cinema e Audiovisual, e agora quer que mais pessoa vejam seus filmes. "Agora quero inscrever os filmes em festivais. E quem sabe fazer uma exibição na metade do ano, com mais um filme, um curta, que vou começar a produzir", revelou à reportagem do MidiaMAIS.

"Daqui à Lua", o longa-metragem, trata de um assunto recorrente em Mato Grosso do Sul, que é o mercado musical dominado financeiramente pela vertente do sertanejo. No filme, conforme explica o cineasta, a luta por um sonho é o foco. "Em Campo Grande é difícil uma pessoa que não está no meio sertanejo ganhar dinheiro com música. Um jovem que curte pop rock vive isso em meio a esse monopólio, quando conhece uma menina e escreve uma música", relata.


Já o média-metragem "Valores" passeia pelo tabu do suicídio, através da história de três jovens. "São 3 pessoas que passam por conflitos pessoais e tentam tirar a própria vida", adianta.

Segundo ele, é uma discussão válida que precisa ser mais vista e mais ampliada. Ainda segundo Davi, todos os atores e a produção são de Campo Grande, fomentando o caráter independente dos filmes. "Todos os atores participaram de forma voluntária", relembra. Os filmes também contam com os produtores Sara Tiago, Wilkes de Paula e Anderson de Oliveira.

 

Fonte: Daiane Libero / Midiamax

 



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