Sinpol/MS

 

Na manhã desta terça-feira (16), policiais civis de vários municípios de Mato Grosso do Sul realizaram um protesto pacífico na Assembleia Legislativa, pedindo o apoio dos deputados estaduais na luta pelo reajuste salarial 2013.

 

Ao usar a tribuna, o presidente do Sinpol/MS, Alexandre Barbosa da Silva, fez um apelo aos parlamentares. "Estamos pedindo o apoio dos deputados nesta luta dos policiais civis de Mato Grosso do Sul. Queremos que uma comissão seja formada para intermediar as tratativas com o governo".

 

Barbosa destacou que o salário da categoria é achatado a cada ano que passa. "Há sete anos, o salário da Polícia Civil de MS era o 6º maior do Brasil e hoje está no 25º lugar do ranking. Estamos buscando o entendimento com o governo, mas se não chegarmos a um acordo, partiremos para a greve geral a partir de 02 de maio”.

 

O presidente da Federação Interestadual dos Policiais Civil das Regiões Centro-Oeste e Norte (Feipol), Divinato da Consolação Ferreira que veio a Campo Grande para apoiar o movimento da categoria, falou dos outros problemas enfrentados pelos policiais civis em Mato Grosso do Sul.

 

“Os policiais trabalham com viaturas em péssimo estado de conservação, delegacias sem infraestrutura, além do acúmulo de função. Todo salário pago aos policiais é pouco por aquilo que enfrentam, pois nada paga sua vida”. Divinato classificou o salário pago aos policiais do MS, 25º lugar no ranking, como vexatório.

 

Em resposta ao apelo dos policiais, o líder do PMDB, deputado estadual Eduardo Rocha afirmou que o governador André Puccinelli vai negociar com a categoria.

 

 

 
A Comissão Permanente de Segurança Pública e Defesa Social da Assembleia, presidida pelo deputado Cabo Almi, se comprometeu em acompanhar a negociação salarial. “Vamos buscar o diálogo para convencer o governador a aplicar um reajuste de 25% no salário dos policiais civis. Acreditamos que um bom governo precisa pagar bem seus servidores”, afirmou o deputado.

 

De acordo com o vice-presidente do sindicato, Roberto Simião de Souza, caso não haja entendimento com o governo, a partir de 02 de maio, a categoria entrará em greve geral, conforme deliberado na última assembleia. “A categoria está pronta para o embate, caso o governo não atenda à nossa reivindicação”, disse.

 

Até lá, os policiais prometem uma onda de mobilizações, a fim de fortalecer ainda mais o movimento grevista. “Na próxima terça-feira, dia 23, faremos uma grande manifestação nas rodovias do estado e no dia 02 de maio, uma passeata de lançamento da greve geral”, pontuou Simião.

 

A concentração da passeata será em frente à Assembleia Legislativa, no Parque dos Poderes, em Campo Grande.

 

“Todos os policiais civis do estado e seus familiares estão convocados a participar desse movimento que será um marco na história da polícia civil de Mato Grosso do Sul”, finalizou o vice-presidente.

 

 

Fonte:Sinpol/MS