Sinpol-MS

 O Sinpol-MS (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul) deu continuidade no último sábado (22/03), à Assembleia de 2014, que possui como pauta: dissídio coletivo, condições de trabalho, presos em delegacias e alterações da lc n° 114/05.

Filiados do interior do Estado mais uma vez estiveram em massa no evento, o que demonstra o interesse dos mesmos no principal assunto debatido em assembleia: luta por melhores condições de trabalho e a retirada de presos das delegacias.

O presidente do Sinpol, Alexandre Barbosa abriu a assembleia agradecendo a presença de todos, e em seguida lembrou sobre o ano difícil em que a polícia civil de MS tem enfrentado, com a morte de quatro policiais civis em menos de 90 dias, sendo o último, o policial Wesllen de Souza, que faleceu no dia 12 de março, em um assalto, em uma farmácia na capital.

Barbosa lembrou que diretamente ou indiretamente o Estado tem culpa nos acontecimentos, considerando que as mortes ocorreram, sobretudo, pela falta de estrutura e de efetivo que a Polícia Civil vivencia. Aproveitando a ocasião, Barbosa passou a palavra para Bitencourt, que fez um agradecimento em memória dos quatro policiais civis falecidos: Dirceu, Marcílio, Maurício e Souza, dizendo que foram homens que honraram as fileiras da Polícia Civil, enfatizando que o colega Souza era uma pessoa da ativa no sindicato e que não media esforços em auxiliar os seus parceiros de trabalho, seja com ensinamentos profissionais ou nas diligências policiais cotidianas.

Bitencourt deixou o questionamento de até quando os policiais civis serão vítimas da falta de investimento do governo do estado em segurança pública, disse ser necessário o enfrentamento a essas condições subumanas que é o dia a dia do policial nas delegacias de polícia.

Em seguida Barbosa retomou a palavra e reiterou as palavras de Bitencourt, pedindo que a categoria lute por seus direitos e demonstre solidariedade pelas vidas perdidas de colegas policiais.

O presidente comentou também sobre uma ligação recebida do Delegado-Geral Jorge Razanauskas Neto e do Secretário de Governo Carlos Roberto Demarchi, os quais disseram que conseguem convencer o Governador André Puccinelli em diminuir o interstício (redução de percentual de classe para classe) de 20 para 15% em quatro anos, com a redução de 1% ao ano, no mês de dezembro, iniciando-se em 2014, assim como nesse mesmo mês a extensão do abono que o grupo da perícia recebe, de R$ 100,00, para toda a categoria Polícia Civil. De imediato, Barbosa disse que a diretoria refuta essa proposta que trata tão somente de migalhas, entretanto precisava do aval da assembleia para tanto.

Propostas

- Manter indicativo de greve; aprovado por unanimidade com três abstenções;

- Continuar mídia; aprovado por unanimidade;

- Distribuir panfletos nas delegacias; aprovado por unanimidade;

- Manifestar em frente do Depac/centro no dia 24/03/14; aprovado por unanimidade;

- Convocação dos policiais para participar da audiência pública na Assembleia Legislativa no dia 26/03/14; aprovado por unanimidade

- Manter a assembleia permanente, para ser convocada a qualquer momento; aprovado por unanimidade;

Proposta dos filiados:

- Fazer um levantamento de quantos policiais civis estão em desvio de função e o custo para divulgar na mídia; bem como que os policiais procurem os vereadores do seu município para pedir apoio, aprovado por unanimidade;

Paulo: Manifestação em frente ao Cepol: aprovado por unanimidade;

Os manifestos irão continuar e o sindicato pede que os filiados se engajem nesta luta!



Fonte:Assessoria de Comunicação do Sinpol-MS