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Policiais civis do DF deliberam greve por sete dias

Diante da demora do governo em atender os pleitos dos Policiais Civis, ocorreu nesta quarta-feira (22), assembleia da categoria, no estacionamento nº 6 do Parque da Cidade. O presidente do Sinpol, Ciro de Freitas e os vice-presidentes Luciano Marinho e André Rizzo, iniciaram a assembleia informando que o Ministério do Planejamento (MPOG) adiou novamente a reunião que estava agendada para esta terça-feira (21), não redefinindo outra qualquer data, de modo que o governo não deixava outra saída para a categoria a não ser reagir ao descaso.

 


Em seguida, o presidente Ciro de Freitas falou sobre o andamento dos pleitos, como aumento de quadro, e que o MPOG acenou com possibilidade de previsão orçamentária, com incremento dos novos cargos, conforme estudo encaminhado, a ser implementado ao longo dos próximos anos, de forma progressiva.

 


Quanto a transformação/renomeação do cargo de agente penitenciário, o presidente informou que há proposta do Governo Federal, de lotação dos agentes penitenciários na estrutura orgânica da Polícia Civil do DF e já foi dado os encaminhamentos para efetivação.

 


Ciro de Freitas aproveitou a ocasião para informar aos escrivães presentes, que aconteceram duas reuniões para tratar de uma nova escala diferenciada para a categoria, mas que a Direção Geral da PCDF se comprometeu em não efetivar qualquer situação, sem consultar as entidades representativas e os escrivães.

 

 


Já em relação ao plano de saúde subsidiado, Ciro de Freitas disse que é vergonhoso um Estado que não cuida de seus policiais, que mesmo no cumprimento do dever, têm de arcar com os custos de sua saúde. O segundo vice-presidente, André Rizzo, voltou a afirmar há como o plano ser implementado, mediante gestão do Diretor Geral da PCDF, Jorge Xavier, junto ao governador do DF, Agnelo Queiroz, pois há legislações pertinentes aos servidores da PCDF, que permitem o ato. Para Rizzo, “é uma questão de boa vontade política para que o plano de saúde subsidiado se torne realidade”.

 


Logo depois o vice-presidente, Luciano Marinho, mencionou que propostas oferecidas a outras carreiras, de 15,8% de reajuste, parcelado em três anos é uma afronta. “Tenho certeza que nenhuma categoria irá aceitar essa oferta e nós também não”, avaliou. Marinho ressaltou ainda que a Polícia Civil do DF não depende da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), pois a Segurança Pública do DF possui fundo próprio. “Estamos dispostos a lutar e não aceitaremos imposições”, acrescentou.

 


Ciro de Freitas complementou que caso seja oferecido o mesmo percentual de 15,8%, a categoria não aceitará e irá endurecer os movimentos contra a política de arrocho salarial do governo federal. “Esse valor sequer repõe as perdas inflacionárias e o governo federal se colocou em rota de colisão com o serviço público, deixando claro que o funcionalismo não é prioridade”.

 

 

O Secretário de Regularização de Condomínios, Wellington Luiz, reafirmou mais uma vez seu apoio à categoria e lembrou-se de sua história em defesa dos policiais civis, que foi marcada por muitas vitórias. Ele disse ainda que tem estado presente em todas as ações que dizem respeito à PCDF e que mesmo na condição de Secretário, não abre mão de suas convicções. Ele parabenizou ainda os policiais que no dia 8 de agosto deram uma demonstração de força e união, ao ir para as ruas em passeata e lutar por seus direitos.

 


Ao final, conforme as propostas apresentadas pelos policiais que fizeram uso da palavra a categoria deliberou por greve por tempo determinado de sete dias, contados a partir desta quinta-feira (23), às 8h. Ficou definido ainda que haverá reunião com os representantes sindicais nesta sexta-feira (24), às 15h, na sede da entidade e nova assembleia na próxima segunda-feira (27), às 15h, no Parque da Cidade.

 

 


Em razão do que deliberou a categoria, o Sinpol informa que todos os policiais devem se comprometer em oferecer anteparo no recebimento e encaminhamento das demandas que chegam aos balcões das delegacias, ocasião em que deverão esclarecer a população sobre a real situação dos servidores da PCDF e os motivos que fizeram desencadear a paralisação das atividades policiais.

 


O Sinpol solicita aos policiais que se mantenham mobilizados e atentos às orientações do Manual de Paralisação das atividades da PCDF, o qual será encaminhado via e-mail para todos os sindicalizados.

 



Fonte:Feipol


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