Notícias do Sinpol-MS

Policiais civis do DF decidem manter greve iniciada no dia 23

G1
Policiais realizam assembleia em frente ao Palácio do Buriti.

Os policiais civis do Distrito Federal aprovaram em assembleia na tarde desta quarta-feira (5) manter a greve iniciada em 23 de agosto. A categoria pede reestruturação da carreira e reajuste salarial de 28%, equivalente à inflação acumulada entre 2006 e 2012.

 


Pela decisão aprovada, a greve segue até a sexta-feira da semana que vem (14). Na próxima terça-feira (11) será realizada nova assembleia. Cerca de 3 mil pessoas participaram da assembleia, segundo o Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol). A categoria conta com um efetivo de aproximadamente 5,4 mil servidores.

 

 

"Desde 2006 nossos salários estão congelados, por isso continuamos com o mesmo pleito da greve do ano passado. [...] Nosso movimento é legal, estamos cumprindo determinação da Justiça de não prejudicar o trânsito e manter 80% do efetivo trabalhando", disse presidente do Sinpol, Ciro José de Freitas.

 


O secretário de Administração Pública, Wilmar Lacerda, afirmou mais cedo ao G1 que o Fundo Constitucional, de onde saem os recursos para o pagamento do salário da categoria, não é suficiente para atender o pedido dos policiais.

 


Segundo ele, dos R$ 9,9 bilhões do Fundo para 2012, R$ 8,9 bilhões já estão comprometidos com despesas de pessoal, não apenas para segurança pública, mas também para a educação e saúde – áreas que também recebem esses recursos.

 

 

De acordo com o Sinpol, o governo do Distrito Federal não tem se manifestado sobre a greve. "O GDF tem de sair do lugar, se posicionar, participando da negociação", disse o vice-presidente do sindicato, Luciano Marinho.

 

 

Fundo Constitucional


O Sinpol quer que a Câmara Legislativa do Distrito Federal instaure uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a aplicação dos recursos do Fundo Constitucional. De acordo com o vice-presidente do sindicato, o fundo não pode ser destinado ao pagamento de salários de professores e médicos.

 


A lei 10633/02, que institui o fundo do DF, prevê que os recursos devem garantir a organização e manutenção das polícias civil e militar, além do corpo de bombeiros. Em relação à saúde e à educação, a lei determina "assistência financeira para execução" desses serviços.

 

 

"Queremos uma CPI para investigar o uso do fundo. Acreditamos que ele esteja sendo usado de forma indevida", disse Marinho. O vice-presidente informou que, até a próxima semana, a categoria entregará um abaixo-assinado aos deputados distritais com o pedido de abertura da investigação.
 

 



Fonte:G1


volta ao topo