Policiais civis da capital não concordam com reajuste, mas decidem pelo fim da greve
O fim do movimento grevista só será ratificado quando as assembleias de todas as regionais forem encerradasPoliciais civis da capital decidiram encerrar a greve da categoria deflagrada na última sexta-feira, depois que a proposta de reajuste enviada pelo governador André Puccinelli à Casa de Leis foi aprovada pelos deputados.
O fim do movimento grevista ainda será ratificado, pois de acordo com a diretoria do SINPOL/MS, a assembleia ainda está acontecendo nas Regionais do Estado.
O presidente do sindicato, Alexandre Barbosa da Silva afirmou que a categoria não concorda com o índice oferecido pelo governo, porém, como a proposta foi votada hoje, os policiais de Campo Grande preferiram encerrar a greve que já durava seis dias.
“Os policiais civis não concordam com o reajuste que o governo ofereceu, porém, como a proposta já estava na pauta do dia e o mesmo projeto não pode ser votado duas vezes no mesmo ano, a categoria não impediu que fosse votada”, explicou.
Durante a sessão da Assembleia Legislativa, o presidente da Casa, Jerson Domingos se reuniu com os cerca de 200 policiais civis presentes e apresentou a proposta do governo que ficou definida em reajustar os salários de investigadores e escrivães em 7% este ano, 9% em maio de 2014 e 11% em dezembro de 2014.
“Infelizmente o governo engessou o percentual de reajuste para a categoria em 7% para este ano, mas conquistamos outras reivindicações, graças à luta e a união dos policiais”, disse Barbosa.
As outras conquistas a que o presidente do sindicato se refere é a extensão da Etapa Alimentação a todos os policiais civis, pois atualmente, apenas 800 servidores recebem o benefício, além de ser reajustado de R$ 84,00 para R$100,00.
Outra grande conquista, segundo Barbosa foi a ampliação do número de vagas para a promoção funcional, passando a ser 80% pelo critério de Antiguidade e apenas 20% por Merecimento. “Essa foi uma grande vitória para nós. Serão promovidos os policiais que estão na luta pela sociedade há anos e não mais aqueles que são indicados por delegados e políticos”.
Segundo Jerson Domingos, a falta dos participantes da greve, será abonada de imediato e não prejudicará a promoção dos policiais.
Já em relação a extinguir a 4ª classe (inicial), o presidente da Casa de Leis garantiu que não será votada por enquanto e que esta pauta será discutida nos próximos dias coma a diretoria do Sinpol e com os demais deputados estaduais.
Alexandre Barbosa que a todo tempo esteve à frente do movimento grevista afirmou que a maioria dos policiais de Campo Grande decidiu encerrar a greve, sensibilizados com a população que nos últimos dias, foi acometida com alto índice de roubos e furtos, principalmente.
Até o final do dia, o resultado das assembleias das demais regionais do estado deve ser divulgado.
Fonte:Sinpol/MS