Polícia registra maior apreensão de armas este ano em Campo Grande
No último fim de semana em Campo Grande, durante trabalho conjunto das polícias civil e militar, foi registrada a maior apreensão de armas deste ano. Ao todo, foram três pistolas, sendo uma 765 e duas nove milímetros, seis revólveres 38 e 22, além de duas espingardas, uma de cano longo e a outra, calibre 28.
As apreensões foram do 1°, 9° e 10° BPM (Batalhão da Polícia Militar), além do trabalho feito pela Polícia Civil durante assalto a uma residência no Jardim Tarumã, na qual duas pistolas utilizadas pelos bandidos foram recolhidas. Um deles, um jovem de 19 anos, foi morto ao revidar com tiros a presença da polícia.
“Temos uma média de seis a oito armas apreendidas por semana em Campo Grande, já contabilizando mais de 200 recolhidas este ano. O nosso problema maior são as armas vindas do Paraguai que entram no país, principalmente por conta da facilidade que existe na fronteira”, afirma Wellington Cleiton Silva, Agente de Polícia Judiciária e especialista em Políticas e Gestão de Segurança Pública.
Para cercear este tipo de tráfico no país e, ao mesmo tempo punir aqueles que não se preocupam em portar consigo uma arma, foi feito uma alteração na Lei 10.826/03, do Estatuto do Armamento. “O intuito da lei não é só desarmar a população que possui uma arma guardada em casa, mas também evitar a violência ou até mesmo que um assalto a mão armada acabe em morte, por exemplo,”, explica Silva.
Apreensão em todo o Estado também subiu
Em Mato Grosso do Sul, nos seis primeiros meses de 2012, foram retiradas de circulação 608 armas, registrando um índice 17,3% maior que em 2011, quando 518 armas foram recolhidas.
E em Campo Grande o índice é ainda maior, contabilizando 44,2% de aumento, com 248 armas recolhidas, contra 172 apreendidas no ano passado.
Polícia Federal realiza operações permanentes e pontuais de armas
Visando combater o tráfico internacional de armas, além de drogas, contrabando e descaminho, a Polícia Federal, por tempo indeterminado, realiza a operação Sentinela e ações pontuais.
“São ações permanentes do setor de inteligência para apreender armas, além da campanha de desarmamento. As pessoas podem entregar nas sedes das delegacias das policiais federais e com isso receber uma indenização que varia de R$ 100 a R$ 300, dependendo do calibre da arma”, afirma o chefe da delegacia de repressão aos crimes patrimoniais da Polícia Federal, Marcelo Côrrea Botelho.
Além das operações, o delegado afirma que o Estado possui um acordo com países vizinhos, com o objetivo de trocar informações a respeito de quadrilhas criminosas que possam estar realizando o contrabando de armas na fronteira.
Quem for pego com armas pode ser punido com fiança, valor que varia de um salário mínimo a R$ 4 mil. Caso esteja respondendo algum processo, o autor do porte ilegal da arma poderá ser indiciado pelo crime. A detenção varia de um a três anos, além da multa.
Fonte:Midiamax