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Polícia Civil desencadeia Operação e desarticula associação criminosa comandada por detento de Bangu I

Fonte: Polícia Civil

A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira -Defron, com apoio do Garras, 2º DP de Dourados, DP de Rio Brilhante, DP de Maracaju, DP de Itaporã, DP de Caarapó e do DOF deflagrou, nesta quarta-feira (14), a Operação Kaizen (Melhoria Contínua), visando desarticular associação para o tráfico cujo líder encontra-se preso no Presídio de Bangu I, no Rio de Janeiro, e, dessa unidade, movimentava a venda de toneladas de drogas em Dourados e várias outras cidades.

No dia 11 de maio deste ano a Defron, durante diligências no âmbito da Operação Hórus, apreendeu cerca de três toneladas de maconha, skunk e droga conhecida como BHO, que se encontravam armazenadas em um imóvel localizado no Parque dos Jequitibás, em Dourados. Na ocasião foi preso um indivíduo, que era o responsável pela guarda dos entorpecentes.

Ao ser realizada a apreensão restou constatado que a droga era de grande qualidade, o que chamou a atenção até mesmo dos policiais, além da apreensão de pipetas, tubos de ensaio, maçaricos e gás butano, material destinado à produção do BHO (uma maconha sintética com altíssimo poder alucinógeno).

Assim, desde então diligências passaram a ser realizadas visando identificar todos aqueles envolvidos no tráfico, constatando-se que o líder era um douradense que se encontra preso no presídio de Bangu I, no Rio de Janeiro, uma vez que foi flagrado transportando 6 toneladas de maconha de Dourados para aquele Estado.

O irmão desse indivíduo, integrante de uma família tradicional de Dourados, se encontra preso (na PED) pela prática de tráfico de drogas, e também integrava a associação, cujo lema era sempre promover uma “Melhoria Contínua” (Kaizen, na língua japonesa) na qualidade das drogas vendidas. 

Os policiais identificaram ainda que o responsável pela elaboração dos procedimentos químicos para a produção do BHO é um douradense, conhecido pelos comparsas como Piruka, o químico.

Com os lucros da venda dos entorpecentes, o líder da quadrilha adquiriu duas carretas, cada uma avaliada em R$ 200.000,00, as quais constantemente realizavam viagens para o Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo.

Conforme a investigação, somente nos últimos seis meses essa associação para o tráfico movimentou mais de quatro milhões de reais, sempre se utilizando da conta de “laranjas” e também mediante a aquisição de automóveis.

Assim, representou-se ao Poder Judiciário pela expedição de 12 mandados de Prisão Preventiva, 9 de Busca e Apreensão e 3 de Apreensão de bens, dentre os quais as duas carretas, pedidos deferidos.

Com o apoio de várias delegacias e do DOF, na manhã de ontem foi dado cumprimento às ordens judiciais, resultando em 16 prisões, além da apreensão de mais de 300 quilos de maconha, e skunk e cocaína. Duas ordens de apreensão contra carretas foram cumpridas, além de motocicletas terem sido sequestradas.

Especificamente, diante das apreensões de drogas realizadas ao serem cumpridas as buscas foram lavrados oito autos de Prisão em Flagrante, todos por tráfico de drogas e associação para o tráfico.

Em Campo Grande o Garras cumpriu mandado de prisão e de busca contra o motorista da quadrilha. Já no Rio de Janeiro a CORE (Polícia Civil) deu cumprimento ao mandado de Prisão Preventiva contra o líder da quadrilha, preso em Bangu I.

Ao ser cumprido o mandado de Busca e de Prisão Preventiva contra um dos alvos, residente em Dourados, os policiais identificaram um esquema de envio de maconha, cocaína e skunk baseado na retirada do produto do interior de embalagens contendo whey protein (suplemento alimentar), sendo colocado no lugar essas drogas, as quais eram remetidas, via Correios, para todo o país.

Em outro imóvel residencial os policiais flagraram em uma varanda uma grande caixa metálica, selada, destinada a armazenar óleo hidráulico. Contudo, constatou-se que nela eram colocados tabletes de maconha que eram enviados para a região Nordeste do Brasil.

Com essa operação a DEFRON, que efetuou a prisão dos proprietários da droga, do químico, dos distribuidores e demais pessoas vinculadas, visou desarticular uma estruturada associação para o tráfico cujo lema era manter uma “melhoria contínua” na qualidade dos produtos vendidos, o que, via de consequência, culminaria em um maior percentual de lucro.



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