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Polícia Civil de Chapadão do Sul passa por situação caótica

Nem delegado quer trabalhar na cidade
Arquivo Sinpol/MS

“Socorro, não chamem a polícia”. Pelo menos este seria o procedimento lógico de um cidadão de Chapadão do Sul caso soubesse das reais condições de trabalho dos policias civis lotados no município. A situação é tão degradante que nem mesmo delegado quer trabalhar na cidade. Os problemas externos – visíveis – se agravam com as irregularidades internas enfrentadas pelos servidores responsáveis pela investigação de crimes. O caso retrata o descaso do governo do estado com a segurança pública de Mato Grosso do Sul e com a sociedade sul-chapadense.

 

 

Basta um olhar mais atento para ver apenas um investigador no horário de plantão, inviabilizando o deslocamento para atender o atendimento de perícia nos locais de crimes, principalmente à noite. A situação coloca em risco a vida do policial numa delegacia abarrotada de presos. Ele será o primeiro a morrer numa rebelião. Se o ambiente de trabalho é ruim a situação fica ainda mais dramática caso a infraestrutura do prédio seja analisada com mais atenção.

 

 

Instalações e equipamentos deixam a desejar e impedem a prestação de um serviço de qualidade à população. As deficiências começam logo no acesso ao prédio com a falta de banheiro à população que está inutilizado. Já os funcionários também usam uma única privada pela falta de opção. Falta até material de expediente e os computadores são ferramentas obsoletas que não recebem manutenção adequada. Fotos de arquivo dos presos não são feitas pela falta de uma máquina fotográfica.

 

 

Para um órgão que deveria ser modelo operacional aos olhos da população nem mesmo os extintores são confiáveis porque estão vencidos há dois anos, assim como os coletes á prova de balas. O sistema de vigilância eletrônico é um sonho que poderá virar pesadelo no momento porque nunca foi instalado. Os sistemas elétrico e sanitário não funcionam corretamente e até mesmo a tampa da fossa séptica está desmoronada no fundo do prédio.

 

 

A carga do armamento usado pelos policiais não é testada há algum tempo, criando a possibilidade de erro mecânico no momento de precisão. O cenário da Delegacia de Polícia fica ainda mais deprimente com dezenas de carros, motos e bicicletas depositados no pátio, se deteriorando com o tempo e criando focos do mosquito da dengue. Todo este enredo de filme de ficção científica ainda não levou em conta as condições carcerárias dos presos num ambiente fétido, de superlotação, e onde nem mesmo a privada funciona adequadamente.

 


A foto que ilustra a matéria registra lixo depositado, colchões velhos e veículos se deteriorando. Amanhã vamos buscar informações sobre a situação dos carros de serviço e dos presos.
 

 



Fonte:Chapadense


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