Notícias do Sinpol-MS

O Gigante Acordou!

Artigo
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A internet, sem dúvida, foi a semente que resultou nesse histórico e inédito momento, "como nunca se viu antes na historia desse país".

 

Pela primeira vez, a população brasileira se manifesta, livre e pacificamente, sem o cabresto ou controle de qualquer grupo político ou de mídia. Foram publicamente rejeitados. Quem ousou pegar carona foi rechaçado.

 

O fator determinante é a solidariedade por causas comuns. E, agora, tudo é em tempo real.

 

Afinal, foi a web que pôs fim ao monopólio da informação com a qual governos e políticos, através de grandes grupos de mídia, manipulavam informação e tentavam manter a população alienada.

 

Era o país do futebol.

 

E foi através dessa rede que cada um foi se informando, tomando sua consciência, compartilhou opiniões e foi adquirindo noção de cidadania.

 

Em Mato Grosso do Sul, onde os estudiosos por anos disseram que o cabresto eleitoral era inerente à condição de 'terra do boi', várias cidades já aderiram à onda de protestos que agita o país.

 

Em Campo Grande, antes mesmo de ir à rua, a população fez políticos admitirem que não podem mais viver com mordomias desproporcionais ao papel que desempenham (ou não desempenham) e aos altos salários que ganham.

 

O que aconteceu?, se perguntam políticos e governos. Acham difícil decifrar o que ocorre. Em off, estão atônitos.

 

Mas o próprio questionamento dá a dimensão do distanciamento entre eles e o cidadão.

 

A resposta está nas manifestações, não em marqueteiros. Não precisa encomendar pesquisa.

 

A mensagem que vem da rua é reprovação geral às práticas, métodos e ineficiência das ações governamentais.

 

Governos se ocupam em empregar o dinheiro público em obras e projetos que não melhoram o dia a dia do cidadão. Construir um prédio público com vidros fumê e decorá-lo com o que há de melhor sem necessidade e sem a austeridade que as verbas públicas exigem também é corrupção.

 

Fazer a Copa? Para quem?, como dizem os cartazes populares. Quanto ganha um professor de ensino fundamental? E as universidades? Sucateadas.

 

Não há justificativa para o desperdício. E haja impostos. Quem suporta essa conta?

 

Está claro. Há dois mundos. O país real e o da política.

 

O cidadão clama basta à corrupção. PEC 37 tá nas ruas como se fosse um camisa 10 da seleção.

 

O cidadão cobra saúde, educação e transporte público de qualidade.

 

O repúdio à participação de partidos políticos denota que os representantes do povo não mais os representam.

 

A população enterrou o sistema político existente. Ora, e como eles não perceberam esse movimento?

 

A maioria esteve ocupada em ter um pedaço do bolo. Com poucas exceções, e em todos os níveis, todos buscam pertencer à base aliada de presidentes, governadores e prefeitos.

 

Estacionados no tempo, comungavam a crença de que tudo caminhava como antes.

 

Até aqueles forjados em movimentos populares planejam criar algum sistema para controlar o que restou de canais da imprensa dispostos a denunciar e fiscalizar a atividade pública, como se o papel da imprensa fosse outro que não esmiuçar os malfeitos.

 

Virou moda político processar jornais e jornalistas não alinhados. É o tal controle social da mídia. Não precisa dizer que quem fez o jogo perdeu. A rejeição foi pública.

 

Provavelmente ainda sonhem que o momento atual seja passageiro, e que o sistema de proteção partidária vigente, com programas de tv, etc, vai sustentá-los.

 

Esqueçam! Voltará o tempo em que projetos e ideais valerão mais que tempo de tv, até então a moeda mais cobiçada no ambiente da política.

 

Ponham, pois, senhores, as barbas de molho.

 

Não mais será como antes, pois a cada dia milhares de brasileiros ganham acesso a informação gratuita e, com o tempo, vão engrossar essa multidão que já tomou consciência cívica.

 

Está perto o tempo em que programa eleitoral na tv terá pouca ou nenhuma força na formação da opinião eleitoral. A percepção compartilhada na rede social será determinante, doravante, na vida do país.

 

E a população consciente percebeu que o poder emana do povo. Se não é por bem, é na pressão.

 

Esse tempo, no futuro, os historiadores poderão denominar de segunda declaração de independência do Brasil.

 

E essa, em favor verdadeiramente do cidadão.



Fonte:Midiamax


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