Número de policiais civis afastados por problemas de saúde é crescente
O Sinpol, ao longo dos últimos anos, tem visitado - rotineiramente - todas as regionais do Estado e percebido que o número de policiais civis afastados por problemas psicológicos ou psiquiátricos, vem aumentando significativamente.
O policial civil exerce uma atividade de alto risco, estressante e intensa. O efetivo é insuficiente e a demanda para o servidor ativo aumenta significativamente, trabalhando inclusive em desvio de função ao custodiar presos em delegacias. Como se já não bastasse tudo isso, o policial civil não é valorizado e recebe - aqui em Mato Grosso do Sul - um dos piores salários do país.
Preocupados com a realidade, na tarde da última terça-feira (20), o presidente do Sinpol, Giancarlo Miranda; o diretor jurídico, Hectore Ocampo Filho; e o diretor dos aposentados, Antônio Bianco, protocolaram um ofício para o Delegado Geral da Polícia Civil, Marcelo Vargas. No documento, o Sinpol alerta o gestor sobre o alto índice de afastamento por saúde, pedido pelos policiais civis nos últimos tempos. “Nossos policiais estão adoecendo e alguma coisa precisa ser feita com urgência. Se exige muito, mas se valoriza pouco. Hoje temos um déficit muito grande no efetivo em todo o Estado. Muitos policiais se desdobram do jeito que podem para que a população ainda seja atendida, e como se isso já não fosse o bastante, tem delegacia exigindo produtividade para melhorar estatísticas”, declarou Giancarlo.
O Sinpol reiterou ainda sobre a necessidade de convocar os aprovados no último concurso. “Os resultados reconhecidos de resolução de crimes pela Polícia Civil de MS não podem custar a saúde dos servidores”, finalizou Giancarlo.