Nota pública em defesa dos policiais do rio de janeiro
Fonte: Comunicação COBRAPOLA COBRAPOL vem a público manifestar sua solidariedade aos policiais civis do Rio de Janeiro que, por força de circunstâncias muito especiais, tiveram que desencadear uma dura operação na comunidade do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (7), que resultou na morte de 27 criminosos ligados ao Comando Vermelho e na apreensão de dezenas de armas de fogo de uso privativo das forças de segurança que eram utilizadas de forma ilícita pelos marginais.
Ao mesmo tempo, expressamos nosso sentimento pela morte covarde do Inspetor de Polícia André Frias na mesma operação e nossa integral solidariedade aos seus familiares e amigos.
Os fatos são absolutamente lamentáveis e os valentes policiais que estavam responsáveis pela operação tem todo nosso apoio, pois, diante da imprevisibilidade de uma ação dessa natureza, contra criminosos fortemente armados e dispostos a matar, os resultados muitas vezes são absolutamente imprevisíveis.
Inaceitável e odioso é o pré-julgamento feito por alguns que encontram em episódios dessa natureza motivos para reforçar seu preconceito contra profissionais de segurança pública que, numa operação dessa natureza, estavam colocando suas vidas em risco, como uma delas se perdeu, lamentavelmente.
Os eventuais excessos devem ser devidamente apurados com base nas normas vigentes, sem o sensacionalismo que busca estigmatizar precocemente nossos policiais quando ocorrem fatos como esse.
Infelizmente, no Rio de Janeiro, como em outras regiões do país, persiste uma verdadeira guerra de facções criminosas, munidas de armamento pesado, contra as forças policiais, em razão do interesse de preservar suas práticas delinquentes, como o narcotráfico.
Toda ação enseja, inevitavelmente, uma reação na mesma proporção, até que essas facções, que manipulam covardemente pessoas inocentes nessas comunidades, fazendo-as de escudo, sejam inteiramente dissolvidas.
Quem não vive a situação, não tem como imaginar. Quem vive, não tem como descrever. Não é filme, é real. Não é game com várias vidas. É uma só. Só quem vê sumir o brilho dos olhos de uma pessoa (por mais bandido que seja) por ação própria, sabe o que se sente. Deus nos ajude. (Autor: Policial Anônimo)
ANDRÉ LUIZ GUTIERREZ
Presidente