As Federações de Policiais Civis das Regiões Centro-Oeste, Norte, Nordeste, Sul e Sudeste, seguindo entendimento da própria COBRAPOL, repudiam veementemente ação da Associação dos Delegados da Polícia Civil do Estado de Sergipe – ADEPOL/SE, que de forma totalmente desarrazoada, burlesca e repulsiva apresentou proposta de alteração na Lei que rege a polícia civil daquele estado. A referida proposta, contrariando a compreensão do Conselho Nacional de Justiça – CNJ, da matriz curricular nacional da SENASP e o fato de todas as polícias civis do Brasil serem de nível superior, sugere a regressão para nível médio, a exigência de escolaridade para o cargo de agentes e escrivães de polícia civil, além de reduzir salários, retirar direitos e extinguir os cargos que hoje existem, criando um outro tão somente para ampliar o abismo salarial que existem entre delegados e demais policiais civis, promovendo a subserviência e a falta de especialidade, na contramão de tudo que se busca atualmente, inclusive em tratativas avançadas junto ao Ministério da Justiça. É lamentável que os representantes de um cargo, nesse caso os delegados, almejem sua consolidação funcional com a diminuição de outros profissionais e suas conquistas se balizem unicamente em alcançar vantagens pessoais, sem, no entanto, buscarem evolução, modernização e eficiência de uma Instituição que há anos tem sido sucateada e vilipendiada por gestores que concentram suas reivindicações a nível nacional em uma carreira jurídica que visa tão somente a manutenção de um poder que prejudica sobremaneira a segurança pública do país. As entidades signatárias permanecerão de prontidão contra atitudes mesquinhas e egocêntricas, como essas da ADEPOL/SE, reforçando o compromisso em lutar por melhorias para a polícia civil do Brasil, valorizando os profissionais que representam, mas sem perder de vista uma polícia investigativa nos estados que atenda às necessidades da sociedade e promova a eficiência e o fortalecimento de toda a Instituição.