Nota: Ataques aos policiais no Mato Grosso do Sul
O Sinpol-MS vem a público manifestar sua indignação contra a crescente onda de ataques aos agentes policiais do Mato Grosso do Sul. No dia em que o governo do estado lançou o programa “MS Mais Seguro”, um policial civil foi brutalmente assassinado dentro da academia de musculação que frequentava em Paranhos e três policiais militares foram feitos reféns e torturados durante confronto entre indígenas e produtores rurais na cidade de Caarapó.
As cidades fronteiriças do Mato Grosso do Sul estão à mercê da criminalidade e da falta de investimentos VERDADEIROS dos governos estadual e federal para que os policiais, representantes legítimos do Estado, lutem pelas famílias sul-mato-grossenses com o mesmo nível de armamento que os bandidos utilizam para ceifar a vida de pais de família, filhos amados e trabalhadores dignos.
Os criminosos que atuam na fronteira tem um poder de fogo maior que a dos policiais. Prova disso, foi a “guerra” instaurada após a morte de um famoso traficante na noite desta quarta-feira (15). Haviam metralhadoras de uso militar e carros blindados. Em situações como essa, os policiais civis não tem as mínimas condições de interferência ou mesmo de fechar a fronteira para tentar impedir que cidadãos fossem vítimas da “guerra entre narcotraficantes”, pois não têm efetivo suficiente, o armamento é inadequado, falta estrutura para trabalhar e, principalmente, motivação para atuar em uma região em que SER POLICIAL é SER ALVO do crime organizado. A realidade é que são pouquíssimos os policiais civis que querem trabalhar na região de fronteira, pois não há a estrutura mínima para que eles possam cumprir sua missão, nem mesmo um incentivo financeiro como o adicional de fronteira.
Os Policiais Civis não podem mais esperar, seus companheiros estão morrendo hoje. Diante do cenário caótico, os policiais civis não estão paralisados ante as dificuldades, estão combatendo a criminalidade com o heroísmo de cada um, continuam lutando pela valorização da carreira e de melhorias nas condições de trabalho, para que fatos como esse não ocorram mais no território sul-mato-grossense e para que famílias não chorem mais a perda de um parente que tinha como vocação o trabalho policial.
Fonte:Assessoria de Comunicação Sinpol-MS