NO TOP MÍDIA: Governo corta gastos e servidores temem pagar conta por arrocho
A fim de reduzir gastos, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) tem anunciado uma série de cortes, a começar pelo fim de supostas “regalias” dadas aos servidores. A 15 dias da data base, as negociações sobre o reajuste salarial nem começaram e os trabalhadores temem “pagar a conta” do arrocho.
Declarações do tucano dão conta de que as negociações salariais não serão nada fáceis e o corte de tais “regalias” podem ser o inicio de uma série de medidas desfavoráveis aos trabalhadores.
O decreto que dispõe sobre compensação das horas não trabalhadas na próxima segunda-feira (16), véspera do feriado de Tiradentes, foi publicado na edição de ontem, do Diário Oficial do Estado. Azambuja declarou que acha justa a compensação das horas já que a população não terá acesso aos serviços.
A afirmação foi rebatida pelo presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul (Sinpol), Alexandre Barbosa, que lembra que mais de 400 mil horas extras não são pagas aos policiais todos os anos no Mato Grosso do Sul. “Nós achamos importante que a situação seja justa, ele quer que a gente pague pelo feriado? ok. Mas também queremos que nossas horas extras sejam pagas. Será que ele aceita?”
Ainda segundo Alexandre, mesmo com a aproximação da data base, em maio, o governador “preocupantemente” não convidou nenhum sindicato para iniciar as conversas sobre o reajuste. “Nós estamos esperando, até agora nenhuma sinalização. Encaminhamos nossa proposta e esperamos uma resposta até o dia 24 de abril. Estamos esperançosos de que ele vai cumprir as promessas de campanha dele”, disse.
O Sindicato dos Servidores da Pesquisa, Assistência Técnica, Extensão Rural e Afins (Sinterpa) também não foi convidado a negociar o reajuste. Para Edimilson Volpe, presidente do sindicato, as discussões sobre o reajuste serão “calorosas”.
“Nós estamos acompanhando pela imprensa algumas declarações de que o reajuste será pequeno. Nós precisamos discutir o que significa esse pequeno. Por que nós não podemos ficar com a conta do arrocho”, critica.
Sobre a compensação das horas do feriado prolongado, Edimilson diz que o setor jurídico do sindicato está contestando a legalidade da medida. “Não acreditamos que seja regalia, mas mesmo assim, deveria ter sido negociado. Mas não houve nenhuma comunicação”, disse.
Fonte:Top Mídia News