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MS 43 Anos: Estado teve fama de faroeste, mas hoje tem uma das melhores polícias do Brasil

Fonte Top Mídia News

Mato Grosso do Sul já teve fama de faroeste, em razão da grande quantidade de crimes sem solução e por ter fronteira com o Paraguai e Bolívia. Porém, aos 43 anos de existência, o Estado pode se orgulhar de ter uma das melhores polícias civis do Brasil. 

Levantamento do Instituto Sou da Paz, chamado ‘’Onde Mora a Impunidade’’, mostra que a Polícia Civil de MS é a segunda no País que mais esclarece assassinatos, com índice de 67% de resolução. Os dados avaliados são de casos de 2017 que foram esclarecidos até o final de 2018. O primeiro é o Distrito Federal, com índice de 92%.

Esse estudo se refere apenas aos casos de mortes violentas que foram denunciados pelo Ministério Público à Justiça. No entanto, a Polícia Civil de MS observa que, se levado em conta todos os casos registrados, a performance da polícia sul-mato-grossense é melhor ainda. 

‘’...são superiores a 70%, isso porque muitos homicídios continuam em apuração. A investigação não cessa enquanto não esgotamos todas as possibilidades que levem à autoria, casos de 2, 3 e até 5 anos atrás continuam em andamento com coleta de provas e esse percentual de elucidação tende a subir”, observa o delegado-geral de MS, Marcelo Vargas. 

Já de acordo com a própria Polícia Civil, os dados mostram que, dos 559 casos de assassinatos registrados em 2015, 77% dos autores foram identificados, indiciados e processados. 

Em 2016 foram 564 mortes violentas e 71% delas com indicação de autoria e em 2017, 73% do total dos 529 homicídios ocorridos foram esclarecidos. O percentual de elucidações de 2018 é de 71%, sendo que naquela época foram registrados 455 homicídios no Estado.

Omertà - Entre as várias operações que a Polícia Civil deflagrou em Mato Grosso do Sul, a mais intensa e importante foi a Omertà, em associação com o Gaeco-MS. O Garras, Grupo Armado de Repressão a Roubos, Assaltos e Sequestros foi que capitaneou a maior investida policial contra o crime organizado da história. 

As autoridades investigavam cinco execuções em Campo Grande quando descobriu um verdadeiro arsenal, com fuzis, pistolas e carabinas. Essa foi o ponto de partida para a investigação que chegou aos líderes de uma complexa organização criminosa: Jamil Name e Jamil Name Filho, o Jamilzinho. 

A partir do achado, um esquema complexo de apuração foi montado e descobriu que a quadrilha tinha vários núcleos de apoio, que executavam, ameaçaram e torturavam desafetos dos Names. 

Para ter ideia da profundidade da investigação, um dos delegados mais renomados da polícia foi preso. Policiais civis, militares, guardas municipais e até um agente federal foram descobertos na investigação. 

As apurações furaram a blindagem política de muitos suspeitos, como Jerson Domingos, por exemplo. A imagem de grandes autoridades chegando para depor no Gaeco foi um divisor de águas para o sistema policial do Estado. 

A confirmação que a investigação foi primorosa, se dá no fato que Jamil Name, o filho e outros investigados foram parar em um presídio federal de segurança máxima. Além disso, ficaram encarcerados no regime mais rigoroso do sistema federal: o Regime Disciplinar Diferenciado. 

Além disso, a polícia e o Ministério Público apuram outros crimes, a partir de elementos apreendidos nas residências dos envolvidos. 

 

 


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