O Módulo de Saúde do Complexo Penitenciário de Campo Grande, localizado no bairro Noroeste, ainda não está em funcionamento. O cenário da obra, que ainda nem foi inaugurada, é de abandono, com matagal e portões fechados.

Com recursos da União em torno de R$ 1,1 milhões para a construção da unidade, que vem do Plano de Assistência à Saúde do Homem Encarcerado, não há ninguém trabalhando no canteiro de obras.

No dia 22 de março de 2011, o site da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), postou uma matéria informando que “até o final de abril, o sistema penitenciário do Estado deve ganhar um módulo de saúde para atender presos que necessitam de atendimento médico”.

Para a doméstica Maria Cleonice da Silva, de 40 anos, não há explicação para o descaso. “Até hoje não entendo porque fizeram isso aí. Falaram que ia ser hospital. Já tem alguns anos que fizeram, nunca vi movimentação".

“Faz tempo que construíram”, diz o diarista Fernando Garcia, 48, também morador do bairro.

O projeto do módulo, que do lado de fora, aparentemente está com toda sua estrutura pronta, prevê quatro celas individuais com banheiro para internos de diversos estabelecimentos penais.

A planta da obra também constava salas para atendimento psicológico, dentista, copa, administrativo, vestuário, sala de utilidades, higienização, banheiros para funcionários, sala de coleta de sangue, assistência social, entre outros espaços.

Para dar assistência ao Módulo que ainda não foi concluído, a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), recebeu três ambulâncias equipadas para o atendimento aos presos, como consta no site da Sejusp do último mês de março.

A assessoria de imprensa do Governo Estadual, informou na semana passada que encaminhou os questionamentos da reportagem, à Gerência de Saúde Prisional. Porém, por conta de reuniões e conferências, a gerência não pôde responder o porquê do não funcionamento, até esta publicação.