O concurso público para investigador e escrivão da Polícia Civil, iniciado em 2017, deve ser retomado nos próximos 30 dias. A determinação foi publicada nesta segunda-feira (20), pelo TJMS.

No início do ano, a Secretaria de Administração e Desburocratização já havia solicitado que o concurso tivesse andamento, mas até o último dia 20 nenhuma atualização foi publicada. A última fase finalizada do concurso foi a prova prática de digitação, que causou polêmica entre os candidatos.

A próxima fase do processo seletivo seria o Curso de Formação Policial, que deve ser feito pelos candidatos aprovados na fase anterior. Segundo a Apelação Cível, assinada pelo desembargador Nélio Stábile, mesmo que alguns candidatos apresentem pendências, devem participar do curso e resolverem as questões durante a formação.

Com isto, ficou determinado que o Estado de Mato Grosso do Sul tem no máximo trinta dias para publicação do Edital de Convocação para realização da matrícula no Curso de Formação Policial.

"É fundamental que se agende o início da Academia o mais rápido possível. O Sinpol vai receber uma comissão dos candidatos aprovados para levar as demandas à DGPC e ao Governo do Estado para que enfim, tenhamos um cronograma e as delegacias sejam supridas com mais policiais, porque é isso que a população clama, declarou Giancarlo Miranda. 

Déficit de servidores

Segundo informações da PCMS, cerca de 58% dos cargos da polícia judiciária não estão ocupados por ninguém, gerando um déficit de servidores. De acordo com a Lei nº 114 de 2005, devem haver 2400 agentes de Polícia Judiciária, sendo 660 escrivães e 1980 investigadores. Porém, em outubro de 2019 haviam 1544 policiais, sendo 306 escrivães e 1238 investigadores, apresentando déficit de 354 vagas para escrivães e 742 para investigadores.

No concurso de 2017, foram abertas 100 vagas para a função de escrivão e 80 vagas para a função de investigador. Até a prova de digitação, mais de 500 candidatos foram aprovados e aguardam convocação para próxima fase.