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Homicídio é elucidado e quadrilha está presa após confirmação de exame de DNA

 A Delegacia de Polícia de Nova Alvorada do Sul/MS elucidou homicídio ocorrido no dia 29 de outubro do ano passado através de exame de DNA, culminando na prisão de uma quadrilha.

 

 

Segundo restou apurado pelas investigações, a vítima Thiago Moreno Polisel foi visto entrando em uma camionete de cor verde, deixando o assentamento PANA e foi seguida por outra camionete de cor branca, sendo que apenas a camionete verde retornou e, a partir de então, a vítima não foi mais vista.
 
 
A Polícia Civil iniciou diligências na região e encontrou um corpo já em decomposição nas margens de uma mata. O cadáver foi reconhecido como sendo Thiago Mpreno Polisel.
 
 
O local do crime foi preservado e periciado, sendo que a vítima foi encontrada parcialmente despida, com braços e pernas amarrados e com claros sinais de tortura.
 
 
No local onde a vítima foi encontrada foram localizados uma lata de cerveja e uma “bituca” de cigarro sobre as suas genitálias, tendo o material sido apreendido e posteriormente encaminhado à perícia.
 
 
Após realizado exame necroscópico, ficou constatado que além da existência de várias feridas na região do tórax e fratura na região da mandíbula, também foram detectados dois orifícios na região da cabeça causados por disparo de arma de fogo, conforme laudo pericial.
 
 
Foram ouvidas inúmeras testemunhas, inclusive os familiares da vítima, as quais indicaram que Thiago teria sido alvo de uma emboscada planejada por Jorgeo qual teria lhe oferecido um bom dinheiro e insistido que o acompanhasse até o bar do Severino.
 
Segundo consta, após algum período, a vítima teria sido levada em uma camionete Ford F 250, cor verde, cujo proprietário é Manoel Félix Peruce, vulgo “Neco”, irmão de Jorge, os quais seguiram com a vítima na camionete mencionada, sendo seguidos por Uéliton e Ailton que conduziam uma camionete de cor branca, sendo que posteriormente todos regressaram, com exceção da vítima.
 
 
De acordo com as investigações, a vítima era a principal suspeita de ter subtraído, alguns dias antes de sua morte, a quantia de R$ 30.000,00 (trinta mil reais) do interior da residência de um indivíduo conhecido por Paulinho, o qual prometia recompensa a quem ceifasse a vida do autor do furto, caso os valores não fossem recuperados.
 
Ocorre que durante as investigações a Polícia Civil constatou que “Paulinho” não teve envolvimento direto com a morte da vítima, pois quando tomou conhecimento da morte da mesma, bem como que estava sendo apontado como suspeito, demonstrou-se bastante surpreso.
 
Foi apurado que Jorge teria sido a pessoa que indicou o local para que a vítima realizasse o furto do dinheiro e posteriormente houve um desacerto na partilha do dinheiro subtraído entre a vítima e Jorge.
 
 
Também foi apurado que Jorge tinha a clara e manifesta intenção de viajar para o Estado do Sergipe, ameaçando a investigação policial e, por via oblíqua, a aplicação da lei penal.
 
 
Durante investigações no assentamento “Pana”, apurou-se que Ailton, vulgo “Caburé” teria participação direta na ocasião do arrebatamento da vítima e de sua execução, juntamente com “Neco”, Uéliton, Jorge e outro homem que ainda não foi identificado.
 
 
Diante dos fortes indícios do envolvimento dos indivíduos acima mencionados na morte da vítima, a Autoridade Policial representou pela prisão temporária e posteriormente pela preventiva de todos os suspeitos.
 
 
Os presos foram indiciados e reduzidos a termo os seus interrogatórios que se apresentaram totalmente divergentes e desconexos, tendo Manoel dito que não esteve no assentamento no dia do crime, mas que passou na casa de seu irmão Jorge, sendo que Jorge afirmou que não viu seu irmão Manoel no assentamento naquele dia. Manoel disse que não viu Ailton, vulgo Caburé no assentamento na data do desaparecimento da vítima, sendo que Ailton, “Caburé” afirmou que na data do fato se deslocou juntamente com Manoel e Jorge até o Bar do Severino.
 
 
Foram colhidos os materiais biológicos de todos os suspeitos e os materiais submetidos à confrontação com a “guimba de cigarro” localizada sobre a vítima e a lata de cerveja localizada próximo à vítima, a fim de se identificar a presença do DNA dos suspeitos nos objetos apreendidos.
 
 
Corroborando com os elementos de provas colhidos durante a investigação, o laudo pericial confirmou que o DNA encontrado na “guimba” de cigarro encontrada sobre a genitália da vítima é idêntico ao DNA colhido de Uéliton José dos Santos.
 
 
Todos foram indiciados por homicídio qualificado pelo motivo torpe, meio cruel, com emprego de recurso que tornou impossível a defesa da vítima e para assegurar a vantagem de outro crime em conjunto com o delito de formação de quadrilha e de ocultação de cadáver. (art. 121, §2º, incisos I, III, IV e V em concurso com o art. 211 e art. 288, todos do Código Penal Brasileiro).
 

 



Fonte:PC MS


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