A Comissão Especial destinada a discutir a adoção, para todas as polícias, da competência legal para investigação (Ciclo Completo), promoveu na última terça-feira (26), uma audiência pública para dar continuidade à discussão do tema, com a presença do presidente da Cobrapol, André Luiz Gutierrez; do coronel Márcio Flávio de Moura Linhares, comandante da Academia de Polícia Militar de Minas Gerais; do vice-presidente da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público, Manoel Murrieta Tavares; e do coronel Luis Cláudio Laviano, representante da Secretaria nacional da Segurança Pública (SENASP), do Ministério da Justiça.

Gutierrez, em sua participação, assinalou inicialmente que a Cobrapol representa mais de 140 mil policiais estaduais e ressaltou o papel da Comissão no sentido da busca de um princípio de eficiência e uma resposta à sociedade brasileira, com o objetivo de trazer uma nova perspectiva no que tange às investigações.

“A Cobrapol não se posiciona contra ao Ciclo Completo, porém é necessário debater quais serão os limites de atuação de cada polícia nas questões exclusivamente investigativas. Há uma perplexidade quando discutimos essa proposta pois não se discute a segunda coluna indispensável e indivisível para a sustentação do sistema, a notória e perseguida Carreira Única”, declarou Gutierrez.

O presidente da Cobrapol lembrou ainda que nos países que adotam o ciclo completo, os resultados em apurações criminais são muito maiores. “Porém, precisamos nos livrar das vaidades e do corporativismo em defesa de cargos, para que as instituições possam trabalhar em favor de melhores resultados para a sociedade brasileira”, finalizou.