Governo nomeia 72 delegados de polícia, mas base da Polícia Civil continua com metade do efetivo necessário
Hoje (28) foi publicada a nomeação de 72 delegados para a Polícia Civil de MS, 42 a mais do que previa o edital inicial do concurso público e suprindo a titularidade de 27 delegacias que não tinham servidores nesta função.
O Sinpol-MS observa que a ampliação da vagas para suprir o déficit foi importante, contudo espera que o governo estadual atue de forma equânime com os candidatos às funções de escrivães e investigadores do concurso público que ainda está em andamento, sem previsão de quando será finalizado. “O déficit nas funções de agentes de polícia científica e judiciária, além da área pericial, é muito grande. Estimamos que seriam necessários mais de 1.500 policiais entre escrivães e investigadores para suprir a demanda. O governo estadual poderia ter agilizado para que o certame para estas três funções ocorressem simultaneamente para que a Academia de Polícia também pudesse ter sido realizado em conjunto, aproveitando as matérias em comum e diminuindo custos”, destacou o presidente do sindicato, Giancarlo Miranda. A entidade ainda alerta que o déficit no efetivo da base da Polícia Civil em Mato Grosso do Sul prejudica a elucidação do crimes, refletindo no aumento da insegurança da população.
O Sinpol-MS espera que o governo estadual tenha o mesmo empenho com toda a categoria, incorporando os abonos, instituindo o adicional de fronteira e chamando o mais rápido possível para a academia todos os candidatos à investigadores e escrivães aptos nas fases do concurso, tal qual fez com os delegados. “Precisamos de reforços em todos os cargos da Polícia Civil. Segurança Pública de qualidade se faz com planejamento e com tratamento igualitário aos seus servidores”, afirmou o presidente.