O Ministério da Justiça e Segurança Pública prorrogou por mais 60 dias a validade do convênio entre a Polícia Federal e a Sejusp, visando o combate ao tráfico de drogas em Mato Grosso do Sul. O acordo, assinado em 2014, perderia validade amanhã (27).

Mato Grosso do Sul busca uma contrapartida maior da União para a continuidade dos trabalhos, com divisão de responsabilidades na vigília da fronteira. A alegação é que a Polícia Civil acaba por realizar o trabalho da PF no combate ao tráfico, envolvendo apreensões, destinação de entorpecentes apreendidos e prisões de criminosos, que acabam nas penitenciárias estaduais. Além disso, é preciso a reestruturação das unidades policiais com viaturas, computadores, investimento na academia de polícia, armamento e munição, especialmente na região de fronteira; e ainda, a construção de uma sede para a Denar, que mensalmente paga um aluguel de R$ 13 mil pelo prédio.

“Fazer muito com o pouco, isso é o que os policiais civis de MS fazem diuturnamente. Em contrapartida recebemos apenas salários baixos e falta de infraestrutura. Onde está aplicado o dinheiro do convênio? Essa é sempre a pergunta sem resposta”, declarou Giancarlo Miranda, presidente do Sinpol.

Desde 2014 até junho de 2019, as forças policiais estaduais apreenderam 1.462.407,33 toneladas de drogas. Além disso, só nos últimos quatro anos, a Polícia Civil instaurou mais de 11,7 mil procedimentos policiais relacionados aos crimes de tráfico de drogas.