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Furto e violência doméstica foram os crimes mais cometidos no 1º trimestre na Capital

Divulgação

No período de 1º de janeiro a 31 de março deste ano (primeiro trimestre) os crimes de furto e violência doméstica foram os mais registrados em boletins de ocorrência em Campo Grande. As informações constam no relatório de estatísticas criminais e atividades policiais divulgados pela Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). A divulgação é prevista no Art. 2º da Lei nº. 3464 de 14 de dezembro de 2007 e Lei 3771 de 04 de novembro de 2009.

 


Conforme o relatório, no primeiro trimestre foi praticado 3.724 furtos e ainda outros 142 na forma tentada, ou seja, quando o autor não obteve sucesso na ação. O número pode ser ainda maior porque muitas pessoas deixam de fazer o boletim de ocorrência quando o bem tem pouco valor. Os registros de roubo foram 941 no trimestre.

 


Fazendo um comparativo em relação ao mesmo período no ano de 2011, o número de furtos aumentou passando de 3.318 em 2011 para 3.724 neste primeiro trimestre de 2012. Quanto aos roubos foram 1039 em 2011 e 941 no mesmo período de 2012.

 


Pedro Espíndola, delegado titular da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), destaca que embora sua unidade atenda casos de furtos apenas acima de 20 salários mínimos sua experiência como delegado o habilita a ter a seguinte conclusão: a maioria dos furtos acontece por descuido da vítima.

 


“Hoje temos muitos jovens no mundo do crime, inclusive muitos deles adolescentes. Grande parte dos furtos é pequeno, inclusive praticados por dependentes químicos para sustentar o vício”, revela. Como dica o delegado alerta para que as vítimas não deixem objetos de valor em carros ou em bolsas e mochilas fáceis de serem subtraída. Dentro dos ônibus de transporte coletivo sempre manter pertences próximos ao corpo e visíveis.

 


O segundo crime mais praticado no primeiro trimestre deste ano foi o de violência doméstica com 1.341 casos registrados. No detalhamento destes números contam 492 ameaças, 1 calúnia, 2 difamações, 2 estupros, 4 tentativas de homicídios, 1 incêndio qualificado, 171 casos de injúria, 352 lesões corporais e ainda 26 lesões corporais recíprocas.

 


Segundo a delegada titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), Rosely Molina, o número de ocorrências desta natureza pode ser maior, mas ela acredita que as mulheres estão mais encorajadas a denunciar o seu agressor. Além disso, depois que o Supremo Tribunal Federal julgou uma ação e decidiu que qualquer pessoa como um vizinho, por exemplo, pode denunciar caso de violência doméstica. “Estamos com um intenso trabalho conscientização em escolas e com muitas palestras pela cidade. Isto tem feito com que mais denúncias cheguem na nossa delegacia”, afirma a delegada.

 


Dois casos recentes de violência doméstica que acabaram em morte chamaram bastante a atenção e ganharam destaque na mídia. Um deles aconteceu no bairro Nova Lima, no dia 19 de abril. Na manhã daquele dia Samuel dos Santos Silva, 34 anos, matou a golpes de canivete sua ex-esposa Laura Paez, de 32. A vítima tinha conseguido medida protetiva da Justiça que proibia seu ex de se aproximar dela a menos de 500 metros.

 


Outro caso recente na Capital aconteceu em 25 de março deste ano, no Jardim Leblon, quando Djalma Dias da Silva, 34 anos, matou sua ex-esposa Glaucia Aparecida Perreglinele Jara, 44 anos. Ele se escondeu debaixo da cama da vítima antes de golpeá-la no pescoço.

 


Outros crimes chamaram a atenção no primeiro trimestre de 2012 pelo número de registros: foram 934 ameaças, 851 registros de lesão corporal dolosa, 509 registros de injúria, 468 via de fato e 245 casos registrados de estelionato. No que diz respeito à apreensões de armas, o relatório aponta que em 2011 foram 73 e em 2012 foram 100.

 

 



Fonte:Midiamax


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